SOS ARGUMENTO

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11/06/2011

EDITORIAL

               Pela quarta vez o jornal Aqui volta-se contra o Argumento. Muito embora saibamos que a linha de sobrevivência do Aqui seja a defesa incondicional dos políticos da situação, continuaremos a respondê-lo. Mas, não vamos perder tempo elaborando uma nova resposta para cada ataque, pois estaríamos chovendo no molhado. Assim, vamos responder usando o método da repetição – um método valioso no processo de memorização dos leitores e, principalmente, eleitores.
            Novamente, o jornal Aqui vem questionar o Argumento. Mais uma vez sai em defesa do mesmo vereador da situação. Por que tanta preocupação do vereador e do Aqui com o  Argumento, para não falar ataques e perseguições?
No fundo, o que muito incomoda o vereador da situação, que fica sempre por trás das linhas do outro jornal, é o espaço democrático que foi dado a todos vereadores no jornal Argumento e no site de Rio Preto. Aliás, no site riopretano, os nossos vereadores não são meros formadores de opiniões, como o site da Câmara insiste em lhes tratar. No site de Rio Preto, cada vereador tem um espaço seu, um banco de informações onde estão suas ações e propostas. Nele, saberemos o que pensam os nossos legisladores sobre a Santa Casa, as entrevistas concedidas ao Argumento etc.


Leandro O. Paço

            Ao contrário do jornal que nos questiona, o Argumento abre suas páginas para todos os vereadores. Será que os demais vereadores não existem para o outro jornal? Será que eles nunca serão entrevistados pelo outro jornal? Será que nunca poderão falar, por exemplo, sobre a Santa Casa, o meio ambiente, a fila que se forma pelas madrugadas em busca de uma consulta agendada (como se uma doença marcasse data para chegar), entre muitas outras questões de interesse da nossa municipalidade. Será que no outro jornal os nossos legisladores nunca poderão falar dos seus projetos? A qualificação do voto e, consequente melhora dos serviços públicos, como saúde e educação, passa pela vontade, capacidade e independência dos nossos políticos. Diante disso, um jornal que se preze deve buscar o debate político para os seus leitores, mas não ficar servindo a este ou aquele político.
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             Continuamos favoráveis e lutando pela abertura do site da Câmara. A notícia de que o site do nosso legislativo, construído com dinheiro público, continuará sendo controlado pelo ex-presidente da Câmara em muito nos entristece. Pois, sabemos que um vereador é muito mais do que um formador de opiniões. Vereador faz leis e fiscaliza os atos do Executivo, isto é, prefeito. E, sendo assim, deveria ter um espaço a altura, personalizado, a fim de que tenhamos um banco de informações sobre suas ações políticas. Esta seria uma prestação de contas eficiente, já que, repetimos, personalizada. Mas, pelo visto, o site continuará a não cumprir sua função mais importante, que é a de destacar o seu personagem principal: os vereadores.
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            O Argumento não persegue nenhum político, como afirma o Aqui. O Argumento, por ser um jornal independente do poder, noticia e desperta o senso crítico em seus leitores. Fato que preocupa alguns políticos, principalmente aqueles que passavam a imagem de defensores do dinheiro público. Estes, quando questionados, tentam, de todas maneiras, uma saída. Para isso, alegam perseguições, espalham boatos etc. Tentam de todo jeito nivelar o debate político por baixo. Neste jogo, os nossos leitores podem ficar despreocupados, nós não entraremos.



            A foto ao lado mostra que  estamos aqui para noticiar e propor uma reflexão sobre os políticos que discursam uma coisa e, quando no poder, praticam outra. A foto mostra a enchedeira da prefeitura trabalhando no lote do vereador que se diz perseguido pelo Argumento. Sobre esta máquina, a prefeitura, inclusive, já noticiou que gastou muito dinheiro na sua recuperação. Com esta foto e com esta resposta, podemos dizer, primeiramente, aos leitores do Argumento e depois ao outro jornal e ao vereador que se diz perseguido, que isto não é perseguição, mas jornalismo independente. Como sabemos, a enchedeira pública é para obras públicas (estradas, pontes, escolas etc) e, fora da esfera pública, para pessoas carentes, sem condições de contratar uma máquina particular.
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            Se o poder não gosta do Argumento, paciência! Uma coisa é certa, os cofres públicos agradecem notícias como esta e a população, independente e conscientizada, também.
            Finalizando, o poder é uma régua que nos mostra a verdadeira medida de cada um.
Ps. Em vez de utilizar o jornal Aqui para tentar passar a imagem de perseguido, seria mais transparente e leal se este vereador buscasse o Judiciário contra o Argumento. Assim, seria direto, isto é, apareceria pública e judicialmente contra o nosso jornal, deixando de ficar por trás das linhas do outro jornal.

NOTÍCIAS DE RIO PRETO

Prefeito não se importa com denúncias e continua liberando as máquinas da prefeitura para quem não precisa


Quem ganha com a máquina da prefeitura fazendo serviços para particulares? Mais uma vez repetiu-se a cena. Chega sábado, e lá vai a enchedeira fazer um serviço para o particular. Se fosse um particular pobre, querendo cortar um barranco para construir sua casa ou cortar uma estrada para melhorar seu acesso, tudo bem! Mas, na maioria das vezes, não é isso que presenciamos. No sábado passado, dia quatro, lá estava a enchedeira trabalhando em frente ao bairro Novo Horizonte. Trabalhava, sem escrúpulo algum, para quem dela não precisa.
Quem ganha com esta prática que passa por cima do princípio público da Moralidade são dois: o posto de gasolina Ipiranga e o particular “espertinho” que se livra de maiores gastos. Quem perde, por sua vez, são os cofres públicos e a esperança que a nossa cidade seria reconstruída com um governo que pregou moralidade para se eleger.

Alô, Rio Preto!
nome = Sonia Alves. Email = sonia.alves@protest.com.br
mensagem .Prezados. Parabéns pelo site. Para nós que moramos longe de nossos familiares e amigos que aí ficaram, dá para amenizar um pouco a saudade que sentimos quando navegamnos pelo site; ainda mais vendo as foto de São Cristóvão...Embora more no Rio de Janeiro, foi uma maneira que encontrei para mostrar aos meus amigos a cidade também MARAVILHOSA onde nasci.Um abraço a todos! Sonia Alves.
A Importância da Família
por Alice Freitas
Infelizmente está faltando paz nas famílias. Será que é falta de fé em Deus? Será que é falta de trabalho? Acho que Deus está em primeiro lugar, só ele pode tudo, mas observo que o poder na cabeça dos homens irresponsáveis está gerando desordem nas famílias, que é tão importante para nós. Construir família é coisa séria. A criança precisa não só do leite, precisa de muito mais. Os pais precisam encarar com mais responsabilidade o seu dever de chefes de família, para que os inocentes não paguem pelos pecadores. Estão acontecendo conflitos dentro de casa, os educadores estão sofrendo com isso e não sabem como agir nesta situação. 
É lamentável!
Que a Sagrada Família de Nazaré abençoe a minha família e todas as famílias de Rio Preto dando paz e harmonia.
Chegou o Caboclo d’Água
            Depois da crônica do Aloísio M. Moraes relatando o encontro do Caboclo d’Água com o Sr. Joaquim, o Argumento foi procurado por moradores ribeirinhos do Barreado, São Pedro e São Luiz para falar sobre este monstro das águas. Ouvimos relatos que o bicho já foi visto várias vezes, pela manhã, esquentando sol lá nas pedras da Criminosa. Assim que percebeu a presença de pessoas, ele se atirou no rio Preto e desapareceu. Descreveram ser uma criatura de porte baixo, forte e com pés de pato.
Diante deste incidente, o Argumento está até fazendo uma enquete. Confrontamos o Caboclo d’Água com um ser humano que também nos preocupa bastante. Estamos falando do ser humano político. E estamos perguntando se você acredita mais no Caboclo d’Água ou nos nossos políticos. Esta enquete já está no ar.
Além desta enquete, estamos questionando também o uso das máquinas públicas para serviços particulares.
Participe e ajude a desvendar os mistérios da nossa cidade e do nosso rio. Para votar, visite o site de Rio Preto.
A Furiosa pede passagem e notícia
            O Diretor Musical e Professor Antônio Raimundo Magalhães, o Toninho, trouxe notícias da Lima Santos. Ninguém mais abalizado do que ele para falar da nossa Furiosa, afinal são mais de 50 anos dedicados à música e a Lima Santos. Pediu para falar que a nossa banda centenária está com suas atividades em dia e quer, com toda razão, que ela faça parte das notícias riopretanas. Informou que tem instrumentos bastantes e em bom estado para os alunos que estão lá e os que queiram começar. As aulas são de segunda à quinta-feira, a partir das 18 horas. Na sexta, a banda vem ensaiando para o carnaval. Outra atividade da Lima Santos é a recuperação dos seus arquivos. Para esta atividade, o Toninho informa o recente apoio financeiro da prefeitura.
            Sobre as apresentações da banda, disse que é sempre um prazer para ele e para os músicos levar a banda para rua. A receptividade é muito boa. Afinal, temos uma banda histórica em nossa cidade. Precisamos apoiá-la e uma maneira simples é admirá-la em suas apresentações. A única crítica sobre as apresentações é para aqueles motoristas que buzinam e atrapalham os músicos na leitura de suas partituras, quando deveriam esperar um pouco e apreciar as músicas tocadas por esta história viva que é a Lima Santos, umas das bandas mais antigas do Brasil.
            Para finalizar, ele contou que a banda recebeu uma senhora doação. Trata-se de um piano. Porém tem um detalhe, ele está lá no Rio de Janeiro. Com esta notícia, vamos torcer para que o poder público disponibilize um veículo para trazê-lo para a nossa banda. Afinal, música é cultura e cultura também é obra pública.
            Visite o site de Rio Preto – www.riopreto-mg.com  e saiba mais sobre a Lima Santos, inclusive veja o acervo fotográfico.
 Prefeitura adquire máquinas
             Novos fogos municipais anunciaram a chegada de três máquinas para o município de Rio Preto. Ainda não sabemos se adquiridas com recursos próprios, empréstimo ou através do governo Estadual. Agora é fiscalizar para que elas sejam usadas em benefício da coletividade, isto é, para construir e preservar nossas estradas, pontes, esgotamentos etc. Bem como, defendemos o seu uso para os particulares, mas, lógico, com critérios de natureza econômica e ética.
 Exposição - Novamente a cobrança
            Exposição vem aí, prepare a carteira! Fizemos este alerta na edição passada do Argumento. Mesmo com todas as cidades vizinhas liberando a portaria, arriscamos a manchete. E, cá pra nós, foi uma barbada o palpite que haveria cobrança. Pois, nestes três anos, percebemos que estamos sob uma administração silenciosa e elitista. Elitista, por exemplo, quando deixa a saúde pública relegada às filas que se formam pelas madrugadas para marcar uma consulta, onde o necessitado, não podendo pernoitar na rua, tem até que pagar por fora um marcador de consultas para ter uma “fichinha” garantida. Como que uma mulher poderá se arriscar indo para fila da consulta de madrugada?
Elitista quando abandona o seu único hospital público, a Santa Casa. Na Santa Casa falta tudo: salários para os funcionários, médicos nos plantões, medicamentos etc.
            E foi dentro deste desprezo dado à saúde pública que a prefeitura achou uma desculpa para continuar cobrando a exposição. A desculpa foi a Santa Casa que, além de abandonada por esta Administração, levará ainda a culpa desta medida antipática que foi a cobrança. A Santa Casa não pode ser usada como justificativa para elitizar a exposição. Não se pode oferecer saúde com supressão da cultura. 
            Mais uma vez, esta Administração elitista fez com que o riopretano pagasse para entrar na festa de aniversário de sua cidade e, novamente, apresentou a conta da Santa Casa para todos. Uma visão elitista que divide a conta de forma igual entre ricos e pobres.
            Arriscamos, por fim, que o último ato desta novela que se tornou a nossa saúde pública será uma sessão solene, com fotos, onde haverá a entrega de um cheque que a prefeitura doará para a Santa Casa. Assim vamos saber quanto a Irmandade recebeu em dinheiro, pelo menos no cheque. Vamos saber que ela, a nossa saúde pública, é motivo de doação e polêmica, mas não compromisso mensal desta Administração com a saúde da população carente. Isto é, compromisso com aqueles que não podem pagar uma consulta, ter um plano de saúde e fazer exames em bons laboratórios.

NOSSA POLÍTICA / ENTREVISTA

          O Argumento enviou as perguntas para o vereador José Teodoro (para o e mail pessoal e o da Câmara), mas, até o fechamento desta edição, o vereador não havia enviado suas respostas. Caso ele ainda queira participar, o espaço continua em aberto.
Jornal Argumento Entrevista Aloísio Mello. 
            O Argumento convidou o Aloísio Mello para uma entrevista. Abaixo, os nossos leitores ficarão sabendo os porquês de sua saída do PSOL, se ele vai se candidatar a vereador, a questão da Coopeva, entre outros assuntos de interesse municipal.
1ª PerguntaFicamos sabendo da sua saída do PSOL e filiação ao PV. Por que a mudança?
Resposta – Desde que formamos uma frente de oposição ao governo municipal que estamos juntos, PMDB, PV, PSB e PSOL. Tem cerca de três anos e pouco essa união. Acontece que o PSOL é um partido muito rígido ideologicamente e só permitirá, ano que vem, coligação com o PSTU e outros partidos mais com perfis de extrema esquerda. É por essa razão que saí do PSOL. Aqui em Rio Preto, a luta de um partido pequeno e ainda por cima sozinho não é fácil. É muito difícil conseguir espaço na política.
2ª Pergunta Isso quer dizer que você será candidato?
Resposta – Não, necessariamente. O fato de filiar-me ao PV, em primeiro lugar é porque é um partido com boas propostas e bons companheiros; e, em segundo, é para eu não ficar longe das discussões partidárias. Acho que posso contribuir de muitas maneiras para ajudar ao meu município. Uma delas é estando filiado a um partido para, em caso de exercer um mandato eletivo, poder atuar em alguma esfera de decisão para ajudar a população a conseguir melhorias na sua qualidade de vida.
3ª Pergunta Você toparia ser um candidato a vereador?
Resposta – Acho a função de vereador, se exercida de maneira independente, muito valiosa para o avanço político de uma cidade como Rio Preto. O vereador deve fiscalizar as ações do Poder Executivo sempre em consonância com as reivindicações da sociedade. Quando o vereador se silencia sobre as mazelas do poder, só porque o Chefe do Executivo é do seu grupo político, ele se distancia dos anseios da população. Aí, então, ele perde a sua vitalidade política e até a eleitoral. Não toparia ser um vereador assim, só para alimentar as vaidades pessoais de estar no poder .
4ª – Pergunta. Por que é tão difícil ser um vereador independente? Um vereador que faça a defesa dos interesses públicos (saúde, educação, meio ambiente, etc.), mas não primeiramente a defesa do seu grupo político. Como não ser cooptado para atacar quando na oposição e silenciar quando na situação?
Resposta – Não acho difícil ser um vereador independente. Se você vai até ao eleitor e lhe garante que vai ser independente, não ser significa  abandoná-lo quando ele mais precisa de você, ou seja, quando você desempenha o mandato. Acho que quando você trai a confiança do eleitor, depois não adianta você querer pedir voto a esse eleitor porque ele, certamente, não votará em você mais. A postura de independência legislativa em defesa dos problemas da comunidade, seja na saúde, educação, meio ambiente ou na área social, deve ser vista com respeito pelo Poder Executivo, mesmo que nele esteja o seu grupo político representado. Veja por exemplo, o caso de representantes do legislativo que fazem da tribuna palanque de denúncias. Pois é, ensinam os mais experientes, que também é comum muitos desses arautos se silenciarem quando têm que pisar na sua própria cauda. E aí, como fica a credibilidade? Então, com vistas para o futuro, prudência e cautela no exercício de mandato nunca são demais para que não nos arrependamos depois do que fizemos no passado.
5ª PerguntaO trabalho de oposição que vêm fazendo o PMDB, PV, PSB e PSOL , na sua opinião, tem dado resultados?
Resposta – Tenho certeza que sim. Não só a fiscalização que temos feito através do jornal O Grito, mas também o trabalho independente deste jornal Argumento fizeram com que a empáfia e arrogância da administração municipal apeassem do pedestal em que se encontravam após as eleições. Parece até que já se esqueceram de reconstruir Rio Preto que, pelo que me parece o governo do DEM não deixou destruído, pelo contrário, deixou cheio de obras. Então, essa de reconstrução a gente só vê mesmo escrito no carnê de cobrança de IPTU da Prefeitura.
6ª PerguntaA principal bandeira do governo municipal para atacar Agostinho Ribeiro de Paiva tem sido criticar o convênio que o ex-prefeito fez com a COOPEVA. O que você acha disso?
Resposta – Se você comparar as acusações feitas a prefeitos nos últimos anos, perceberá que um causou um rombo, até hoje sem nenhuma explicação, de R$ 1,3 milhões aos cofres públicos do município pela prática ilegal de compra de telhas, combustíveis, sacos de cimentos, etc. Já o outro prefeito, Agostinho, é acusado de ter feito um convênio com uma cooperativa de prestação de serviços, a COOPEVA, através da qual foram empregadas centenas de pessoas. Dizem eles que o rombo causado aos cofres públicos foi de cerca de R$ 200 mil por causa da cooperativa. Agora, é importante que eles lembrem também de que a transação com a COOPEVA não causou nenhum desvio de dinheiro para o bolso de ninguém. E tanto isso é verdade que, recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho isentou de culpa o ex-prefeito Agostinho Ribeiro e os vereadores que votaram a lei que autorizou, na época, a contratação do convênio com a COOPEVA. Ex-vereadores que votaram a favor da cooperativa e que desempenham hoje papéis de destaque na atual administração municipal, como sempre, estão silenciosos sobre a verdade, a de que também dividiram com Agostinho a responsabilidade de conveniar o município com a COOPEVA para a contratação dos servidores municipais.

NOSSO MEIO AMBIENTE

Pesquisa Valério M. Duque. Ibama.

            Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”
O empregado respondeu: “Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente.
            “Você está certo”, responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carrode 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
            Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
            Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
            Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos ‘descartáveis’ e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de
satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.                      Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época? (Agora que você já leu o desabafo, envie para os seus amigos que têm mais de 50 anos de idade, “muitos de vocês não tem, mas vale a pena refletir....”).

NOSSA EDUCAÇÃO

Professor não deveria ser chamado de educador

Pesquisa. Professora Virgínia Almeira Ferreira. Fonte. Jornal Super Notícias. Eduardo Aquino.
 
           Nunca me conformei com a denominação “educador” que passou a ser usada para designar profissionais que atuam em escolas, colégios e comunidades escolares.
            Sou da época em que professor era mestre e despertava sentimentos como respeito, admiração e até temor. Antes de tudo era uma das autoridades que desde cedo aprendíamos a respeitar, assim como os pais, avós e tias, a quem pedíamos “bênção” bem como respeitávamos a todos os adultos e mais velhos. Infração grave era desrespeitar, gritar e quase impensável agredir, uma pessoa mais velha, os pais ou um professor. Ato intolerável, e uma sequência de punições inevitavelmente seria imposta, sem que houvesse necessidade de estatutos, conselhos tutelares, ou qualquer entidade semelhante, fora o antigo “juiz de menores” para os sempre existentes infratores e marginaizinhos.
            Havia uma ética, uma moral, uma sociedade em que determinados valores era transferidos de geração a geração e crescíamos ainda que com pais distantes, severos e provedores e mães presentes, bravas ou afetivas e professores com vocação e estimulados, impondo respeito e transferindo conteúdo, dando “bomba” para os maus alunos e passando os dedicados e capacitados. A fórmula era simples, não havia o psicologismo dos anos 80 “não puna seu filho” nem o passar de ano automático e por decreto.
            Pais educavam! Impunham limites, regras, valores, crenças. Nem sempre corretas, às vezes autoritárias, que à medida que envelheciam iam afrouxando, se tornando mais afetivos e próximos. Mas antes de qualquer coisa, mantinham as regras curtas!
            O professor exigia, cobrava, se doava, dedicava para aquilo que era treinado: ensinar. Transferir conteúdo, conhecimento da maneira mais pedagógica e didática possível, se pudesse mesclado com o lúdico e afetivo, mas sem perder a hierarquia e o papel de autoridade.
            Veio os anos 90, 2.000, internets, celulares, iPods, iPads, separações, famílias em mosaicos, mulheres provedoras e sem tempo para exercer a maternidade, pais acomodados e separados, que esqueceram de sua prole e da responsabilidade paterna. E para piorar professores doentes físicas e psiquicamente, arrasados, sub-remunerados, ainda são cobrados para “dar um jeito” nos semianalfabetos “passado por decreto”, deseducados e nas gangs e tribos, em meio ao bullying, violência e desrespeito, um verdadeiro “climão” pesado, uma fábrica de fazer doido e sendo cobrados para a função de educadores!
            Família educa, professor ensina, conselho tutela, policia prende, autoridade se impõe e existe para ser respeitada!
            No mais é internet, Youtube, Orkut e Facebook para lançar modismos, tenofismo, invasão de privacidade e um “mundo cão”.
            A solução está onde os problemas começam: família e escola têm que repensar! E assumir seus papéis, antes que o mundo acabe!

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