Feliz Aniversário, Rio Preto!
ELEIÇÕES – I.
As
eleições estão aí a bater em nossas portas. Como na maioria das cidades do
Brasil, a campanha é feita de santinhos, faixas, som e, sobretudo, promessas.
Alguns candidatos nem se dão ao trabalho de elaborar um projeto de governo.
Esta é a campanha que vemos. Tirando a falta de projetos, não há nada de ruim
nesta festa pré-eleitoral dada pela democracia.
Por outro lado, temos o
“caixa dois de campanha”, um jeito criminoso que os políticos adotam para
receber dinheiro sem declarar à justiça, bem como as transferências de títulos.
Felizmente, parece que o caixa dois está com os dias contados, pois há projeto
de lei para bani-lo do cenário político, como vem fazendo a “Lei do Ficha
Limpa” com os políticos corruptos.
Lembrando que o Ministério
Público é muito importante para que uma cidade veja acontecer uma eleição
limpa. Pois, é o promotor a autoridade competente para acionar a justiça contra
políticos que se beneficiam dos cofres públicos, ou seja, aqueles que misturam
contas e veículos públicos com suas contas e veículos particulares. Estes são
os políticos que agem com improbidade administrativa e agindo assim eles vão
deixando a saúde, a educação, a cultura, o meio ambiente para um segundo ou
outro plano qualquer mais distante de sua obrigação e das promessas que fizeram
quando precisaram da confiança e dos votos dos eleitores. E o resultado desta
inversão e mistura de contas e bens não exige nenhum conhecimento científico
para enxergá-lo, é só olharmos para os lados que vamos nos deparar com o índice
de desenvolvimento humano da nossa cidade, que pode estar bem abaixo do mínimo
admitido para a nossa região. Índice de desenvolvimento humano mede-se na
saúde, educação, segurança, moradia, saneamento básico, entre outros fatores
decisivos para uma cidade estruturada e com uma população sadia e culta.
Candidaturas
registradas, campanhas na rua, é hora de analisarmos o que mais marcou o
cenário eleitoral de Rio Preto.
Primeiramente, vamos destacar
o papel da oposição e plagiando o Lula em sua frase marcante, podemos dizer que
nunca na história de nossa cidade tivemos uma oposição durante um mandato
inteiro, ou seja, uma oposição que se fizesse presente durante quatro anos após
uma eleição. O jornal “O Grito” quebrou uma regra histórica, que era a regra da
omissão. Com o Grito, a cidade experimentou falar de política durante quatro
anos, sem dúvida foi este um fato histórico. Nas folhas desse jornal, vimos
fotos dos bairros abandonados, acompanhamos os repasses e a arrecadação do
nosso município (muitos descobriram como entra dinheiro nos cofres de uma
prefeitura!), o uso indevido dos veículos oficiais e máquinas públicas, a indignação
dos professores com seus salários atrasados e tudo mais que um grupo político
de oposição deve fazer principalmente antes do vale tudo de uma eleição.
Certamente, com o Grito a cidade amadureceu politicamente.
ELEIÇÕES – III.
Em última análise, a cidade ficou espantada com alianças
até então inacreditáveis. A primeira delas ocorreu há quatro anos entre o PT e
o PSDB. Pois todos sabemos que o PSDB votou contra todos projetos sociais do
governo Lula e não está fazendo diferente com a Dilma. Diante disso, ficamos
com perguntas até hoje não respondidas: o que levou o PT de nossa cidade a
fazer uma aliança com o PSDB de Rio Preto? O que levou a romper esta aliança,
que parecia tão forte, nas vésperas das eleições? Se o PSDB até votou contra o
Bolsa Família, qual o porquê desta aliança?
Após esta união de quase
quatro anos entre o PSDB e PT, fomos surpreendidos por uma outra aliança e
diga-se até coerente no cenário nacional, mas inacreditável para muitos no
cenário municipal. Estamos falando da união entre PSDB e DEM. Inacreditável, pois fomos informados pelo
PSDB, logo no início do governo Edmar, que a prefeitura foi encontrada em
péssimas condições, com os professores insatisfeitos, máquinas sucateadas e
tudo mais de ruim que fez o atual prefeito e vice-prefeito pedirem em seus
jornais paciência aos riopretanos, pois a coisa estava feia. Quem não se lembra
disso?
Pois bem, agora como explicar essa união? E para fazer
esta união, o atual prefeito rasgou um compromisso de apoiar um candidato do PT
ou o Celso Ferreira. Descartou os dois de uma vez só e fez uma aliança com o
DEM.