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2/21/2014

editorial

Carnaval vem aí. Festa pagã, vão dizer os bíblicos. Para nós, uma festa das boas. Desconjurá-lo e ameaçar os foliões com o fogo do inferno é mais questão de divã, cá pra nós. É carnaval e pronto. Vista a sua fantasia ou vá de cara mesmo. E se o principal é a alegria, a cidade vai ser enfeitada, o comércio está na expectativa de vendas e casas serão alugadas.
Então é esperar e contar os dias. Torcer para São Pedro não mandar muita água. Se é para vir água, que ela chegue pelos canos e com fartura, afinal a cidade vai estar cheia. Ficar sem água nas torneiras não é uma boa política para o turismo e muito menos para o riopretano.
E por falar em água, desta vez das chuvas, está lá na praça o abrigo rodoviário provisório. Até que ficou bacana para provisório. E por ser provisório não deixou de ser eficiente. Eficiente para proteger os usuários que ficaram sem a antiga rodoviária, demolida pela administração passada. Uma atitude politicamente pra lá de incorreta, uma atitude que literalmente despejou para o tempo, sol e chuva, todos que dela dependiam.
Pelo visto, a tônica desse editorial é água. Contamos com São Pedro para não mandá-la em excesso no carnaval; com a prefeitura para não deixar as caixas vazias; com o abrigo provisório para proteger os passageiros e transeuntes. Mas ainda não acabou o assunto água. Vamos falar agora de uma água que está transbordando nas conversas, ou seja, a água que vai ser tratada e cobrada. Na edição passada, noticiamos que a Câmara promoveu uma discussão salobra sobre esse tema. Foram muitos gritos e poucos argumentos. Oferecemos então dez linhas para cada vereador falar mais sobre o tema cobrança, saneamento básico (água e esgoto tratados), verba da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para nossa cidade, mas parece que eles não querem se comprometer no papel ou demonstram com essa atitude o despreparo em que se encontram para tão importante questão. Tudo bem, falemos nós. E para esclarecer, trouxemos a posição do governo federal (Dilma) sobre o tema água e esgoto tratados. Levar mais saneamento básico para a população brasileira é uma meta do governo Dilma. Pois é isso mesmo, a chefe do Executivo assinou no mês de novembro passado, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional das Cidades, em Brasília, decreto que institui o Plano Nacional de Saneamento. O plano define as metas para o saneamento em todo o país e, para os próximos 20 anos, prevê investimentos estimados em R$ 508 bilhões. Durante a cerimônia de assinatura do decreto, Dilma falou: “No Brasil, o governo federal não investia em saneamento. O que estou falando é água tratada, é esgoto sanitário com tratamento e oferta, é política de resíduos sólidos e também de drenagem”. E no decorrer de suas declarações, a presidente afirmou o que muitos já sabem: “saneamento é vida e representa desenvolvimento humano”. Empolgada com os benefícios que o decreto vai trazer para a saúde do país, Dilma Rousseff explicou o que muitos já sabiam também sobre os porquês de não se investir em saneamento, veja só o que ela disse: “Mas ele (saneamento) está escondido no solo, os canos estão lá embaixo, os dutos estão lá embaixo. Assim, não investiam. É fundamental para o país, e a gente tem que ter clareza disso. É índice de desenvolvimento humano ter água tratada e esgoto tratado. A gente não pode em nenhum momento abrir mão disso, nós não podemos abrir mão de deixar que os percentuais, principalmente nas casas, de esgotamento sanitário sejam tão baixos no Brasil”.
Então é isso aí, precisamos enxergar mais longe nesses momentos, deixar as questões eleitorais de lado e pensar na cidade, afinal água tratada e esgoto tratado são benefícios, é mais saúde e menos farmácia. E para a população carente há meios de isenção da futura taxa, isto é, poderão usufruir sem custos ou com custos mais baixos e, claro, sem desperdício. Este seria outro tema que poderia ter sido debatido e defendido, mas a reunião da Câmara virou Fla x Flu e por isso foi, repetimos, salobra.
E se o assunto desse editorial foi o líquido precioso, vamos fechá-lo então com a musicalidade de Tom Jobim e esperar as águas de março para encher de promessa de vida os nossos corações.

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