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7/06/2009

EDITORIAL


"Nenhum governo pode dizer que é um sucesso sem uma oposição formidável." Benjamin Disraeli"
Passados seis meses do atual governo, uma pergunta já está no ar: seria curioso saber qual é a opinião sobre a atual administração daqueles candidatos que, na eleição passada, nos traziam mensagens, propostas, e eram oposição ao PSDB (45)? Que têm a nos dizer os que ontem foram candidatos a prefeito? Que têm a nos dizer sobre Rio Preto e a atual administração, os partidos políticos de oposição?
Há quatro anos e seis meses, colocávamos nas ruas a primeira edição do jornal Argumento. Com a intenção de falar de meio ambiente, cultura e, principalmente, política, chegamos a esta vigésima sétima edição. Com esses propósitos, partimos a cada bimestre com nossas seis páginas. Os leitores gostaram. Logo, surgiram as colaborações, anunciantes e assinantes. É de se registrar também que começamos nossa publicação junto com a administração passada, o que foi uma boa coincidência, já que o jornal passou a tratar de política no início de um mandato. Politicamente, emplacamos o nosso segundo mandato: o Jornal continua com seu propósito de ser o contraponto da notícia oficial. Esse propósito faz alternar a satisfação ou insatisfação dos grupos políticos. Muitos daqueles que gostavam, agora estão contra. É simples, viraram poder. Por outro lado, o grupo que perdeu o poder, que era aquele que não gostava do Jornal, agora começa a mencioná-lo. Que bom que o Argumento, com relação aos grupos políticos, só tem uma vontade: expô-los diante da bipolaridade política que carregam. Ser a favor ou não de concurso público, transparência com as finanças publicas, combate à corrupção, empreguismo, é mera questão de estar ou não no poder. Sabendo disso, foi tarefa fácil evitar, por exemplo, o fanatismo eleitoral passado. Bastou dirigir esta publicação para o campo das propostas, para que a cidade fosse pensada pela maioria dos candidatos, fato difícil até então. A eleição passou. Estamos no início de um governo que, apesar de não ter ido para o embate das idéias, prometeu reconstruir Rio Preto, o que nos deixa esperançosos. E se a esperança já esmoreceu um pouco, deve-se ao fato desta administração ter acobertado, até agora, as coisas erradas da administração passada. Onde já se viu deixar, por exemplo, professor sem receber, dívidas com INSS, e não denunciar o fato ao Tribunal de Contas. Parece que está havendo uma cumplicidade, onde a insatisfação da atual administração perante os desvios e sucateamento da máquina administrativa é mais para a esquina, já que estão restritas a jornais a serviço da expressão do poder. Foi dito, em outra ocasião, que o administrador público que constata irregularidades do seu antecessor e silencia perante os órgãos fiscalizadores também está infringindo a lei, isto é, cometendo crimes contra a ordem administrativa.
A oportunidade de reconstruir Rio Preto está aí, e já começa a passar. Este é o momento de quebrar o ciclo perverso onde o mau político é protegido pelo seu sucessor. E esta proteção ocorre em detrimento dos cofres públicos, financiadores da educação, merenda escolar, saúde, veículos oficiais, turismo, meio ambiente etc.

O QUE É MITO E O QUE É VERDADE SOBRE O CAFEZINHO/FONTE:JORNAL HOJE. REDE GLOBO.


O que é mito e o que é verdade sobre o cafezinho?
De boca em boca a fama. "Eu tomo mais na hora do café da manhã. Eu gosto mais de tomar para degustar", afirma a jornalista Ana Flor Maia. "Tem que ser depois do almoço e o ideal é que fosse um capuccinozinho bem legal", diz o analista de sistemas, Robério Cavalcanti. "Depois do jantar eu evito, mas se é especial, eu tomo também", brinca um fanático. "Não posso tomar café porque eu sou cardíaco, tenho problemas do coração e proibiram o café. Eu tomava de dez a 12 por dia", conta o gerente de padaria, Carmnino Gomes da Silva.
Mocinho para alguns, vilão pra outros. Unanimidade definitivamente não é o forte dele, mas depois de uma série de estudos o que dá para afirmar é que o cafezinho nosso de todo dia pode ser sim um importante aliado no combate a uma série de doenças. Mas a quantidade passa a ser o principal componente.
"Nós recomendamos em torno de três cafezinhos por dia", explica o professor da faculdade de medicina da USP, Dan Vaistersberg. E não são poucos os benefícios. Na medida certa ele reduz o risco de câncer de cólo de útero, ajuda combater diabetes, dores de cabeça asma e até a cárie.
Apesar da paixão declarada pelo grão, o professor de Medicina da Universidade de São Paulo ressalta que em alguns casos é preciso sim ter cuidado, muito cuidado. Nas grávidas ele aumenta o risco de aborto e reduz o tamanho do feto. Mulheres que têm na família casos de osteoporose também não podem tomar café demais, porque ele potencializa a perda de cálcio. Cafeína em excesso não é indicada ainda para cardíacos, hipertensos e gente que tem problemas para dormir.
Se não dá pra ficar sem ele, use-o então com moderação. É a dica de quem descobriu o equilíbrio sem abrir mão do prazer. "Tomar pouco, com leite, diluído, o famoso pingado, a média. Eu não abro mão do café e espero que nenhum médico me proíba", brinca o professor.

COSIP VAI ACABAR


Contribuição de Serviço de Iluminação Pública é uma espécie de tributo. Sua instituição deu-se no governo passado e, mensalmente, vem sendo cobrada na conta de luz. Trata-se de um tributo facultativo. Pode ser revogado (extinto) a qualquer tempo. Aliás, acabar com esse tributo foi promessa de campanha da atual administração.

NOTÍCIAS NA REDE


O Jornal Argumento tem seu blog. Primeiramente, é bom que se explique essa palavrinha feia. Blog é um sistema de publicação na web destinado a divulgar informação por ordem cronológica, à semelhança de um diário. Quer dizer, então, que o Argumento está levando suas notícias também na internet. Com esta nova maneira de publicar, o número de leitores do Jornal amplia-se, atendendo, principalmente, àqueles riopretanos que estão fora, mas sempre querendo saber notícias da cidade. Outra vantagem de publicar on line também está na possibilidade de mais notícias do que na versão impressa, incluindo fotos com ótima resolução.
Com o tempo, o Jornal vai disponibilizar aos leitores todas as edições.
Conhecer a versão on line do jornal Argumento, é fácil. Basta acessar o site de Rio Preto na internet – wwww.riopreto-mg.com e, na parte inferior esquerda, clicar no Jornal.

CÂMARA INFORMA


A Câmara dos Vereadores está prestando informações na praça. Um painel aponta as despesas daquela casa com os subsídios (salários) dos vereadores, entre outras informações. Faltou, porém, uma informação de muita importância para os eleitores e contribuintes: as razões que possam justificar o aumento excessivo dado aos vereadores. Os vereadores subiram os seus salários em 50%, medida esta de caráter injusto que deveria ser revista pelos nossos atuais legisladores. A única informação que se tem até agora é que não houve um voto contra este aumento, que foi aprovado pelos vereadores da legislatura passada para a atual.

BRIGADA DE INCÊNCIOS/RIO PRETO TEM A SUA


Rio Preto realizou o primeiro curso de combate a incêndios florestais. Com uma carga horária de 24 horas, o curso se estendeu por três dias. Hoje, pela primeira vez na história, Rio Preto conta com 28 brigadistas voluntários que desempenharão, com eficiência, o papel de combater incêndios e orientar outros voluntários. O melhor é que eles nunca sejam chamados, para isso, um trabalho de conscientização dos produtores em muito vai garantir também a preservação de nossas matas e animais silvestres.
A Secretaria de Meio Ambiente foi decisiva para a realização do curso. Para quem quiser saber mais, a secretária Marilda disponibilizou, no site de Rio Preto (www.riopreto-mg), página do IAVARP (Instituto Ambiental Vale do Rio Preto), um texto com todas as informações do curso e fotos de abertura. Vale a pena conferir.

SAÚDE/SECRETÁRIO RESPONDE NOTÍCIAS


Na edição passada, noticiamos dois fatos relacionados à Secretaria de Saúde. O primeiro falou da possível compra privilegiada de remédios, notícia esta veiculada pelo jornal Vale Riopretano e referida no jornal Argumento. A segunda notícia levou ao conhecimento do leitor a recusa da Secretaria de Saúde diante de uma doação de remédios feita por um centro espírita. Dadas as duas notícias, o jornal ofereceu 30 linhas para o Secretário. Mostrando-lhe, com essas 30 linhas para responder, que o objetivo do jornal não é o de denegrir nenhuma autoridade pública.
Com as respostas do Secretário, na página 03, o leitor saberá do ocorrido e também terá a oportunidade de conhecer mais o que se passa na Secretaria Municipal de Saúde, um órgão público que diz respeito à população e aos contribuintes. Aproveitando a iniciativa do Secretário, Sr. Elói, sugerimos, na página 03, o esclarecimento de outros pontos.

NOSSA JUSTIÇA


O "bate-boca" entre o presidente do STF, Gilmar Mendes (dono de uma biografia repleta de denúncias de corrupção) e o ministro Joaquim Barbosa (dono de uma biografia invejável) traz a necessidade de esclarecer quem é quem no Judiciário brasileiro.
Um ex-torneiro mecânico pernambucano indicou um ex-faxineiro mineiro para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula escolheu o doutor da Universidade da Sorbonne e procurador do Ministério Público Federal, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
O jovem negro que cuidava da limpeza do Tribunal Regional Eleitoral de Brasília e que chega ao topo da carreira da Justiça após quatro décadas de vitórias contra desigualdades sociais e raciais.
A primeira foi em Paracatu, interior de Minas, onde nasceu numa família de sete irmãos, com a mãe dona-de-casa e o pai pedreiro e, mais tarde, dono de uma olaria. Lá, percebeu que só o estudo poderia mudar a sua história. Já aos 10 anos dividia o tempo entre o trabalho na microempresa da família e a escola. O saber era quase uma obsessão.
- Uma das piores lembranças da minha infância foi o ano em que fiquei longe da escola porque a diretora baixou uma norma cobrando mensalidade. No ano seguinte, a exigência caiu e voltei à sala de aula. Estudar era a minha vida e conhecer o mundo o meu sonho. Adorava aprender outras línguas – contou Joaquim Barbosa numa entrevista em agosto de 2002 para o projeto de um vídeo sobre a mobilidade social dos negros no Brasil.
O domínio de línguas estrangeiras foi a engrenagem para mobilidade social de Joaquim Barbosa. Aos 16 anos, deixou a família e a infância em Minas e foi atrás de emprego e educação em Brasília. Dividia o tempo entre os bancos escolares e a faxina no TRE do Distrito Federal. Um dia, o mineiro, na certeza da solidão, cantava uma canção em inglês enquanto limpava o banheiro do TRE. Naquele momento, um diretor do tribunal entrou e achou curioso uma pessoa da faxina ter fluência em outro idioma. A estranheza se transformou em admiração e, na prática, abriu caminho para outras funções. Primeiro como contínuo e, mais tarde, como compositor de máquina off set da gráfica do Correio Brasiliense. A conquista não sairia barato.
- Lembro de uma chefe que me humilhava na frente dos companheiros de trabalho e questionava minha capacidade. No início, foi difícil, mas acabei me estabilizando no emprego e mostrando o quanto era profissional.
A renda aumentou, mas ainda era pouca para ele e a família lá em Minas. Foi trabalhar também no Jornal de Brasília acumulando dois empregos e jornada de 12 horas. Mais tarde, trocou os dois por um. Foi para Gráfica do Senado trabalhar das 23h às 6h da manhã. Depois do trabalho, a Universidade de Brasília. O único aluno negro do curso de direito da UnB tinha que brigar contra o sono e a intolerância.
- Havia um professor que, ao me ver cochilando, me tirava da sala.
Joaquim Barbosa continuava sonhando acordado. Prestou prova para oficial da chancelaria do Itamaraty e passou. Trocou o bem remunerado emprego do Senado por um, que pagava bem menos. Mas o novo trabalho tinha uma vantagem incalculável: poder viajar para a Europa. Durante seis meses, conheceu países como Finlândia e Inglaterra. De volta ao Brasil, prestou concurso para carreira diplomática. Foi aprovado em todas as etapas e ficou na entrevista: a única na qual a cor de sua pele era identificada.
Após esse episódio, a consciência racial de Joaquim Barbosa, que começou a ser desenhada na adolescência, ganhou contornos mais fortes. Ganhou novas cores, quando, já como jurista do Serpro, conheceu o país, especialmente o Nordeste e, em particular, Salvador. Bahia foi uma paixão a primeira vista do mineiro. Foi lá onde Joaquim Barbosa teve um contato maior com o que ele chama de "Negritude".
A percepção de ser minoria entre as elites ficou ainda mais nítida fora do país. O jurista explica que o sentimento de isolamento e solidão é muito forte num "ambiente branco" da Europa. Ser uma exceção aqui e no além mar ficou ainda mais forte após o doutorado na Universidade de Sorbonne. Nessa época já acumulava títulos pouco comuns para maioria das pessoas com a mesma cor de pele: Procurador do Ministério Público e professor universitário. Antes, já tinha passado pela assessoria jurídica do Ministério da Saúde.
O exercício de vencer barreira, de alguma forma, está em sua tese de doutorado, publicada em francês. O doutor explica que o seu objeto de estudo foi o direito público em diferentes países, como os EUA e a França.
- A minha intenção foi ultrapassar limites geográficos, políticos e culturais. Quero um conhecimento que vá além da fronteiras dos países – disse.
"Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite", reagiu Barbosa.
Gilmar Mendes foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, em artigo publicado na Folha de São Paulo, o professor da Faculdade de Direito da USP, Dalmo Dallari, professor catedrático da UNESCO na cadeira Educação para a paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, declarou:
"Se essa indicação (de Gilmar Mendes) vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. (...) o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país."
O empresário Gilmar Mendes carrega em sua biografia a denúncia de que foi favorecido com "incentivo" do poder executivo para fundar, em 1998, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma escola privada que oferece cursos de graduação e pós-graduação em Brasília. Desde 2003, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhão em convênios com a União. De seus nove colegas no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário (não é à toa que ele contou com tanta "solidariedade" no episódio que envolveu a discussão com o ministro Joaquim Barbosa). O Instituto se localiza em terreno adquirido com 80% de desconto no seu valor graças a um programa do Distrito Federal de incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo. O subsecretário do programa, Endels Rego, não sabe explicar como o IDP foi enquadrado no programa. O belíssimo prédio do Instituto foi erguido graças a um empréstimo conseguido junto ao Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), gerido pelo Banco do Brasil, cuja prioridade de investimento é o meio rural. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.

Dr. Eduardo Diatahy B. de Menezes. Professor Emérito da Universidade Federal do Ceará
Professor Titular do Doutorado e Mestrado em Sociologia - UFC

CARTA HOMENAGEM / JOSÉ MACHADO


Ao Dr. Guilherme Furtado Portugal, gostaria de prestar homenagens falando um pouco de sua importante atuação como engenheiro agrônomo e político na história de Rio Preto. Ao trazer para a região um posto agropecuário, não imaginávamos que tal feito traria tantos benefícios para muitas famílias na nossa cidade. Assim aconteceu com meu pai Francisco Machado de Oliveira e outros que foram admitidos como Mensalistas da Verba de Manutenção dos Postos Agropecuários.
Meu pai foi admitido em 10 de novembro de 1953, com salário mensal de Cr$ 625,00 (seiscentos e vinte e cinco cruzeiros). A partir de 1º de janeiro 1956, ele teve um reajustamento de salário, conforme o Decreto 39.017, datado de 11 de abril do mesmo ano, passando a perceber Cr$ 2.850,00 (dois mil, oitocentos e cinqüenta cruzeiros mensais).
Para falar da importância do Dr. Guilherme, foi necessário que eu relatasse o trecho acima, que fala também de meu pai, pois, naquele tempo, a nossa região não ia muito bem, porém com a chegada do Posto Agropecuário vários problemas começaram a ter soluções. Entre eles, posso citar, o fim do bichos – de – pé, pulgas, piolhos etc. Lembro que o Dr. Guilherme começou a divulgar algumas cartilhas explicativas sobre a forma de higiene e combate as pragas. Além disso, várias culturas passaram a ser cultivadas com novas técnicas de plantio, servindo de exemplo para palestras com produtores rurais.
Naquele início de administração do Posto Agropecuário, Dr. Guilherme já enxergava o ano 2000 e talvez até mais. Por isso, era difícil sua participação na política do município, pois a classe política da época era reacionária e conservadora. Mesmo assim, hoje eu posso afirmar com toda convicção que todos aqueles funcionários, inclusive meu pai, puderam ser cidadãos graças a Deus e também ao homem de visão que homenageio nesta carta. Obrigado Dr. Guilherme Furtado Portugal.

RESPOSTA DO SECRETÁRIO DE SAÚDE/Joaquim Elói A. D. Bastos - Secretário Municipal de Saúde


Na edição de MARÇO/ABRIL, na página 05 (cinco), em Notícias de Rio Preto (Vale Riopretano está de volta – Seja bem – vindo!), saiu a notícia de que a Secretaria Municipal de Saúde recusou doação de remédios feitos por um centro espírita do Rio de Janeiro e que a compra de medicamentos controlados é privilegiada.
Agradecemos o espaço que nos foi concedido, passamos aos esclarecimentos.
Em janeiro/09 fomos procurados por um membro do Centro Espírita Jesus no Lar que nos ofereceu remédios, já que era costume repassar esses medicamentos ao PSF anteriormente.
Consultamos profissionais da saúde que ponderaram a recusa momentânea em virtude de não estarmos adequadamente equipados para recebê-los.
Colocamos à representante que normalizada a situação voltaríamos a receber tais medicamentos, o que já está acontecendo.
Quanto à compra de medicamentos controlados, informamos que são feitos orçamentos nos dois estabelecimentos existentes na cidade e os mesmos são comprados naquele de menor preço. Não sabemos se isso se chama "privilegiar". O que não adotamos é exclusividade.
Esclarecemos também que a compra desses medicamentos é feita após verificação de que não há em nossa Farmácia Básica, para qual compramos mais de R$100.000,00 para cumprir nossa demanda. Essa compra foi feita diretamente de distribuidores.
Seria interessante que essas notícias fossem publicadas após esclarecimento dos órgãos afetados e não para denegrir a quem os dirige.

NOTA DA REDAÇÃO
Esclarecemos que não há interesse em denegrir a imagem do Secretário, Sr. Elói. Pois, se a intenção fosse essa, não teríamos noticiado os fatos em 5 linhas e oferecido 30 linhas para o Secretário explicá-los, como explicou agora.
Por fim, e aproveitando a iniciativa de debater a coisa pública, uma obrigação que os demais secretários e prefeito deveriam seguir, afinal trata-se de interesse e dinheiro públicos, sugerimos que o Sr. Secretário continue informando mais sobre a saúde pública de Rio Preto. Seria bom, também, mais esclarecimentos sobre: o nome do estabelecimento municipal que fornece medicamentos para a Prefeitura; o número de funcionários que a Secretaria conta; quantos são concursados; se é desejo do Secretário a realização de concurso; os valores que já foram repassados à Santa Casa; o (s) dia (s) e horário (s) que o Secretário atende ao público; o que ainda não está funcionando bem no Posto de Saúde; agendamento de consultas e exames (fichas); as melhoras esperadas; e tudo mais que o Secretário entenda ser de interesse dos usuários da saúde municipal e contribuintes.
Desde já, agradecemos.

FRESTAS ECOLÓGICAS

Adriano de O. Duque.
As frestas da casa são ecológicas. Mas, não exercem só o papel de levar e trazer pequenas criaturas. Funcionam, outrossim, como morada e berçário de lagartixas, aranhas, marimbondos, entre outros. Já vi até um rato passeando por entre os seus caibros. Para combatê-lo, estou empregando, com eficiência, um controle natural milenar, ou seja, um gato. Ou melhor, uma gatinha ágil, brincalhona e carinhosa. Outro dia, num entardecer, acompanhei uma de suas caçadas. Postou – se, por alguns minutos, perto da matinha que rodeia a parte lateral da casa. Estava em posição de alerta, agachada e com o rabo agitado. Apanhei o óculos e fiquei a observá-la. Vi quando ela partiu e pulou sobre algo. Era um rato que descia da mata. Seu pulo foi certeiro. Após, ela foi chegando pra perto. Estava satisfeita e, antes de devorar sua presa, brincou bastante, rolando na terra batida do quintal.
Criei um diminutivo para os chamados "Corredores Ecológicos" e uma resposta mais que politicamente correta para não fechá-los com serragem e cola. E, por estas "frestas ecológicas", passou também, devo contar, uma lesma. Despontou devagarzinho, como um sol, brilhando o chão. E, assim, desceu a parede, atravessou a cozinha e foi em direção à sala. Para onde, não sei. Também não sei o final desta crônica dividida entre uma casa, gata e frestas sustentáveis. O melhor seria jogá-lo no lombo da lesma e terminar numa reticências, feito o seu rastro. Mas, ela sumiu, já deve ir lá pelo Japão com o seu brilho. Resta-me ficar esperando o final. Fazer dele o rato que desce, pegá-lo numa canetada só. E sinto que ele está chegando. A cozinha está quieta. A gatinha dorme no fogão à lenha, aproveita o calorzinho das últimas brasas. Mas, ele não vem. O melhor, então, é ir dormir para, quem sabe, sonhá-lo.

FILHO É BOM MAIS DURA MUITO/ MÁRIO PRATA/200 CRÔNICAS ESCOLHIDAS

— Aproveita agora, porque, depois que o seu filho nascer você nunca mais vai ter sossego na vida. Você nunca mais vai dormir.
— Aproveita agora, que ele ainda não tem cólicas noturnas e ainda mama nas horas certas, porque depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno noturno.
— Aproveita agora, que os dentinhos dele não começaram a nascer e, quando isso acontecer não vai ter Nenedent que acalme nem ele nem você.
— Aproveita agora, enquanto ele não engatinha, porque, quando começar a arrasar a casa e a derrubar cadeiras e bibelôs e lustres e a comer jornal, só vai dar dor de cabeça.
— Aproveita agora, antes que ele comece a andar. Aí acaba o sossego. É o perigo de ele bater a cabeça nas quinas das mesas, cair e meter a boca no chão, puxar panela no fogão. É um transtorno, filho andando. Ele correndo pela casa e você atrás.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não está na fase do "Por quê?", porque depois você não vai conseguir ler nem jornal nem livro e nem ver televisão. E vai ter que explicar sempre o inexplicável.
— Aproveita agora, que ele ainda não sabe ler e pedir o que quiser no restaurante. A única vantagem é você não precisar ficar traduzindo os filmes para ele.
— Aproveita agora, enquanto você programa as férias dele e ele ainda não ouviu falar no Disneyworld, porque você vai ter que pegar filas de duas horas e enfrentar montanhas-russas no escuro.
— Aproveita agora, que ele ainda não é tarado por música, porque, quando ele resolver ouvir "música" na sua casa — com ou sem os amigos —, até os vizinhos mais simpáticos irão reclamar. E não pense que ele vai tocar aquelas músicas do seu tempo, não.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na adolescência. Pois, quando entrar, você nunca mais vai ter sossego, nunca mais vai dormir Não se esqueça da íntima relação entre a palavra adolescência e adoecer. Não ele, mas, sim, você.
— Aproveita agora, que ele ainda não está nem fumando maconha e nem acabando com o seu uísque e aquela cervejinha que você tinha certeza que estava na geladeira te esperando do trabalho.
— Aproveita agora, que ele ainda não está andando em más companhias, porque você vai ter que aturar figuras saídas sabe-se lá de onde, com cabelos, brincos e tatuagens que você jamais poderia imaginar um dia conviver.
— Aproveita agora, que ele ainda não tomou nenhuma bomba e você ainda acha que ele é tudo que você sonhou, porque, quando ele repetir de ano, você fará — para você mesmo — a eterna pergunta: "Meu Deus, onde foi que eu errei?".
— Aproveita agora, que ele ainda não decidiu que faculdade cursar porque a escolha dele não vai nunca coincidir com os planos que você fazia para ele, quando ele ainda engatinhava.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na faculdade, porque, quando entrar, vai pedir um carro para ele ou usar o seu.
— Aproveita agora, que ele ainda avisa quando vai dormir fora de casa, e você pode dormir sossegado e não pensar em ligações desagradáveis para a polícia, o hospital e, o pior de tudo, para o IML.
— Aproveita agora, que ele ainda não se casou, porque, depois, ele nunca mais vai te visitar a não ser para pedir dinheiro emprestado.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não tem filhos, porque, quando tiver, é você quem vai tomar conta deles nos fins de semana. Seu sossego chegará ao fim, logo agora que você se aposentou.
— Aproveita agora, que ele ainda não se separou da primeira esposa, pois, quando isso acontecer, ele virá morar novamente na sua casa.
— Aproveita agora, que ele ainda te ajuda com um dinheirinho, porque a sua aposentadoria não dá para nada, pois a segunda mulher dele vai ser contra a ajuda.
— Aproveita agora, porque ele está pensando em te colocar num asilo de velhinhos.

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