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2/25/2014

Overdose de açúcar

Brigham Hickson, um estudante da escola secundária em Nova York, começa cada dia de escola com um refrigerante – o tipo com muita borbulha e muito açúcar.
Brigham sempre bebe uma garrafa de coca-cola ou sprite antes das aulas começarem às 8 horas da manhã.
Na hora do almoço, ele bebe mais duas garrafas de refrigerante. "Eu gosto do modo como isso faz cócegas na minha garganta", ele diz. Total de colheradas de açúcar em três garrafas: cerca de 50.
A paixão de Brigham por refrigerantes não é incomum. Garotos e garotas americanas bebem muito refrigerante. "Refrigerante é uma porcaria", declara o nutricionista Michael Jacobson. "Ele tem açúcar demais e não tem nenhum valor nutritivo. Não tem vitaminas, minerais, proteínas ou fibras. Apenas açúcar. Jacobson é autor de "Liquid Candy" (Doce Líquido), um relatório sobre os efeitos dos refrigerantes sobre a saúde. De acordo com o relatório, o garoto adolescente nos Estados Unidos toma 15 colheradas de açúcar todos os dias em forma de refrigerantes. A garota adolescente americana engole cerca de 10 colheradas de açúcar diariamente em refrigerantes.
Pelo fato dos adolescentes preferirem refrigerantes do que leite, por exemplo, eles não conseguem vitaminas, minerais e cálcio que eles necessitam para formar ossos e dentes fortes.
Garotos (as) consomem muitos doces, batata frita e outros tipos "junk food" (comida imprestável).
Isto pode levar a problemas de saúde, incluindo obesidade, dentes cariados e ossos fracos.
(Traduzido e adaptado por Dênis de O. Duque de "A Sweet Deal", in Time for kids. Abril, 1999).

2/24/2014

Nossa história com água tratada

Ontem o Argumento saiu e com essa edição completamos dez anos de escrita. Só pra lembrar um pouco da história do nosso jornalzinho e fazendo um gancho com o assunto água, que será tratada e cobrada, veja a nossa publicação e posição sobre essa questão em 2005, na segunda edição do Argumento: “Qual a relação da Santa Casa com a água e com a prefeitura? Segundo o Ministério da Saúde, a falta de água tratada e esgoto sanitário tratado provocam diarréia, hepatite e cólera, doenças que resultam em cerca de 75% das internações hospitalares”.
O que defendíamos há dez anos atrás continua hoje nas nossas páginas, ou seja, a importância de termos uma medicina preventiva.

2/21/2014

editorial

Carnaval vem aí. Festa pagã, vão dizer os bíblicos. Para nós, uma festa das boas. Desconjurá-lo e ameaçar os foliões com o fogo do inferno é mais questão de divã, cá pra nós. É carnaval e pronto. Vista a sua fantasia ou vá de cara mesmo. E se o principal é a alegria, a cidade vai ser enfeitada, o comércio está na expectativa de vendas e casas serão alugadas.
Então é esperar e contar os dias. Torcer para São Pedro não mandar muita água. Se é para vir água, que ela chegue pelos canos e com fartura, afinal a cidade vai estar cheia. Ficar sem água nas torneiras não é uma boa política para o turismo e muito menos para o riopretano.
E por falar em água, desta vez das chuvas, está lá na praça o abrigo rodoviário provisório. Até que ficou bacana para provisório. E por ser provisório não deixou de ser eficiente. Eficiente para proteger os usuários que ficaram sem a antiga rodoviária, demolida pela administração passada. Uma atitude politicamente pra lá de incorreta, uma atitude que literalmente despejou para o tempo, sol e chuva, todos que dela dependiam.
Pelo visto, a tônica desse editorial é água. Contamos com São Pedro para não mandá-la em excesso no carnaval; com a prefeitura para não deixar as caixas vazias; com o abrigo provisório para proteger os passageiros e transeuntes. Mas ainda não acabou o assunto água. Vamos falar agora de uma água que está transbordando nas conversas, ou seja, a água que vai ser tratada e cobrada. Na edição passada, noticiamos que a Câmara promoveu uma discussão salobra sobre esse tema. Foram muitos gritos e poucos argumentos. Oferecemos então dez linhas para cada vereador falar mais sobre o tema cobrança, saneamento básico (água e esgoto tratados), verba da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para nossa cidade, mas parece que eles não querem se comprometer no papel ou demonstram com essa atitude o despreparo em que se encontram para tão importante questão. Tudo bem, falemos nós. E para esclarecer, trouxemos a posição do governo federal (Dilma) sobre o tema água e esgoto tratados. Levar mais saneamento básico para a população brasileira é uma meta do governo Dilma. Pois é isso mesmo, a chefe do Executivo assinou no mês de novembro passado, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional das Cidades, em Brasília, decreto que institui o Plano Nacional de Saneamento. O plano define as metas para o saneamento em todo o país e, para os próximos 20 anos, prevê investimentos estimados em R$ 508 bilhões. Durante a cerimônia de assinatura do decreto, Dilma falou: “No Brasil, o governo federal não investia em saneamento. O que estou falando é água tratada, é esgoto sanitário com tratamento e oferta, é política de resíduos sólidos e também de drenagem”. E no decorrer de suas declarações, a presidente afirmou o que muitos já sabem: “saneamento é vida e representa desenvolvimento humano”. Empolgada com os benefícios que o decreto vai trazer para a saúde do país, Dilma Rousseff explicou o que muitos já sabiam também sobre os porquês de não se investir em saneamento, veja só o que ela disse: “Mas ele (saneamento) está escondido no solo, os canos estão lá embaixo, os dutos estão lá embaixo. Assim, não investiam. É fundamental para o país, e a gente tem que ter clareza disso. É índice de desenvolvimento humano ter água tratada e esgoto tratado. A gente não pode em nenhum momento abrir mão disso, nós não podemos abrir mão de deixar que os percentuais, principalmente nas casas, de esgotamento sanitário sejam tão baixos no Brasil”.
Então é isso aí, precisamos enxergar mais longe nesses momentos, deixar as questões eleitorais de lado e pensar na cidade, afinal água tratada e esgoto tratado são benefícios, é mais saúde e menos farmácia. E para a população carente há meios de isenção da futura taxa, isto é, poderão usufruir sem custos ou com custos mais baixos e, claro, sem desperdício. Este seria outro tema que poderia ter sido debatido e defendido, mas a reunião da Câmara virou Fla x Flu e por isso foi, repetimos, salobra.
E se o assunto desse editorial foi o líquido precioso, vamos fechá-lo então com a musicalidade de Tom Jobim e esperar as águas de março para encher de promessa de vida os nossos corações.

2/14/2014

Sol


O calor está de lascar. Nesses dias a vida passa sem camisa. O verão não arreda o pé, melhor, os raios. E o sol roda com tudo sua roda de fogo, vai demorar a parar e já manda um recado pro outono: espere!

Qual expressão você mais ouviu neste verão?

O mês de janeiro foi o mais quente dos últimos cinquenta anos. Pesquisadores compararam as temperaturas. As mangueiras também estavam certas: nenhuma manga pra contar a história. E se não tem manga não tem enchente, só calor e sol.

Os termômetros subiram e com eles transbordaram as expressões sobre o nosso calor. Daria para encher esta página do que se ouviu pelas ruas e, claro, cachoeiras... E se estamos falando de recordes, qual a expressão teria sido a mais falada para esse “calorzão” (seria esta?) que sentimos. Deu pra ouvir muito “a chapa tá quente” (ou esta?)

Pensando nisso, chamamos, no facebook do jornal, os leitores para participar dessa conversa e contribuir, não para o mundo estatístico, mas para o agradável mundo das conversas das esquinas e bares. Veja então algumas participações: Tales Paço: “O maçarico está ligado”; Lídia Delgado: “Rio 50º graus”; Kamila Maia: “Até carteiro tá jogando a toalha. Kkk”; Carlos Henrique Delgado Pires: “Que lua!”.

Qual expressão você elegeria para esse verão abrasador que está batendo recordes?

 

2/13/2014

Crianças

por, Virgínia Almeida Ferreira.
 
            Que saudades eu tenho dos beijos melados de nossas crianças, com os lábios brilhantes da calda de açúcar raspada da panela onde fora feita a calda do pudim de leite de nossas mães, das gargalhadas que davam ao verem os dentinhos colados com as balas puxa-puxa feitas para as festinhas infantis, dos olhinhos marotos ao ouvirem as histórias contadas ao fim da tarde na varanda olhando as estrelas no céu!...
“A verdade é que a criança gosta de histórias como gosta de caramelos e de brinquedo” (Josue  Montelo ).Outro dia dei de encontro com um texto de Janusz Korczak que me chamou muita atenção. Ele dizia: - “Vocês dizem: Cansa-nos ter de privar com crianças. Têm razão. Vocês dizem ainda: - Cansa-nos, porque precisamos descer ao seu nível de compreensão. Descer, rebaixar-se, inclinar-se, ficar curvado. – Não é isto que nos cansa, e sim, o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível dos sentimentos das crianças. Elevar-nos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a mão. Para não machucá-las.  Para mim, livro é vida: desde que era muito pequena os livros faziam parte de meu dia a dia pois, meu pai  incentivava-nos a  ler contando-nos histórias e  nutrindo nossa estante de livros infantis.  Quando era criança brincava de construtora com pecinhas de madeira, livro era tijolo: em pé, fazia parede: deitado, fazia degrau da escada: inclinado, encostava num outro e fazia telhado. E quando a casinha ficava pronta eu me esprimia lá dentro para brincar de morar em livro. De casa em casa fui descobrindo o mundo( de tanto olhar para paredes) olhando desenhos e decifrando palavras. Fui crescendo e derrubando telhados com a cabeça. Mas fui  ficando intimas com as palavras e menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir  novas  casas. Todo dia minha imaginação  comia, comia, e comia; e de barriga assim tão  cheia , me levava pra morar no mundo inteiro; iglus, cabanas, palácios, arranha-céus, jardins encantados,  era só escolher e pronto, o livro me dava. Foi assim que, devagarzinho, me habituei com essa troca tão gostosa que no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida quanto mais eu buscava o livro, mais ele me dava. Hoje busco reunir meus sobrinhos  e netos ensinando -os a fabricar tijolos  - em um lugar-  para  poderem levantar a casa onde um dia irão morar. Ler par uma criança, tornou-se  essencial neste mundo onde a criatividade está ficando para trás. Lembre-se que existe um monte de histórias esperando para serem lidas para as crianças e este é um gesto simples e muito importante. Hoje virei um “contador de histórias” pois venho notando que as histórias  de “era uma vez” estão ficando cada vez mais abandonadas em um reino  muito distante. Nada mais compensador do que observar os olhos de uma criança quando estão ouvindo uma história. Em uma história bem contada de monstros, princesas ou de herói, as crianças estão aprendendo a olhar a própria vida e a conhecer um pouco de si. Nada melhor do que ler para os pequeninos na hora de dormir, pois eles precisam de sonhos e quanto mais mágico for o final da história mais realizados  eles ficarão e dormirão  embalados pela doce magia de ouvir histórias contadas pelas pessoas que eles  mais amam.

2/04/2014


Sr. José Diogo. Joia Rara da edição janeiro/fevereiro.

Você usaria para enfeite a fotografia de um político?

Você usaria para enfeite a fotografia de um político?

Perguntinha que qualquer enquete daria 90% para “claro que não”. Afinal, 90% dos políticos são umas, complete, que esta também é fácil: ...

Pois é, mas têm aqueles 10% de políticos que merecem homenagem e propaganda. Isso, também não podemos negar. O Lula estaria nestes 10%? Creio que sim. Votei quatro vezes e continuarei votando no Lula, mas não arriscaria tê-lo como um símbolo de luta, pois entendo que faltou-lhe algo mais, como a luta contra os poderosos. Só para exemplificar, faltou-lhe o enfrentamento das cinco famílias que monopolizam a imprensa brasileira. Neste ponto, deveria ter feito o que a presidente da Argentina Cristina Cristine fez contra o grupo de comunicação Clarín. Ela não se intimidou e quebrou o monopólio da empresa, impondo uma série de restrições ao acúmulo de propriedade cruzada nos meios de comunicação, com isso democratizou a informação.

Lula não fez isso com as organizações Globo. Um político completo tem que ir além de programas sociais. Lula tem sua história, suas lutas antes de chegar ao poder e suas conquistas quando chegou ao poder, por exemplo, tirou 50 milhões de brasileiros da miséria e levou energia elétrica para o campo, mas seu governo ficou marcado por recuos históricos (curvou-se a certos grupos, fez alianças decepcionantes e, em nome da “governabilidade”, presenciou a criação, por uma parte do PT, do “mensalão”).

A pergunta acima continua sem resposta. Ou melhor, continuava, pois a gente responde que sim. Coloquei um presidente na tela do meu computador. Pois é.

Trata-se de um presidente que não esbanja luxo, mas simplicidade e compromisso com seu povo. E por ser assim já está cotado para ser Nobel da Paz. Estou falando do Mujica, o Pepe, presidente uruguaio. Ele é um exemplo de economia para os cofres públicos, quando viaja de avião, vai na classe econômica. Ele é um exemplo de vida simples, quando viaja de carro, vai no seu fusquinha, ou melhor, um fuscão. E a casa do presidente Mujica (não mora na residência oficial, sobre esta ele já declarou que se preciso for vai virar abrigo para os moradores de rua) não é nenhum palacete, tem até aquele musgo que nasce grudado nos degraus de qualquer escada simples e, em volta da casa, é aquela cachorrada verdadeira: só dá vira-latas. E por aí vai sua casa e sua vida que nada se parecem com as casas e estilos daqueles que estão no alto escalão do poder.  

O maior orgulho do presidente uruguaio é andar pelas ruas de seu país sem uma penca de seguranças, ele vai sozinho mesmo e entra em qualquer lugar. Por onde anda, é louvado. O povo uruguaio confia em suas decisões.

Por tudo isso, é fácil concluir que Mujica é um presidente que vive os dizeres do filósofo São Tomás de Aquino: “Um homem não pode ter o supérfluo enquanto o outro não tem o essencial”. E ele vai em busca do essencial a caráter: de carro e moradia populares. E o essencial de Mujica vai além do material e, convenhamos, é muito grande para o mundo de hoje. Sua busca ultrapassa a conquista por moradia, emprego e comida. Mujica quer liberdade, livre arbítrio para o seu povo.
 
Poderia ficar falando muito ainda dos seus feitos, de sua vida pra lá de exemplar, como: ele doa 90% do seu salário e explica “Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos”; usa as mesmas roupas; desfruta a companhia dos mesmos amigos antes de chegar ao poder.

Para Mujica vão faltar prêmios e homenagens. Já para a classe política que só pensa em roubar e ostentar mansões, aviões, carrões, as faltas são outras: vergonha, respeito e, claro, prisão e confisco de bens.  

Vida longa ao Pepe Mujica.

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