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5/07/2012

FÁBULAS CONFABULADAS


                                                                          CONCATENADAS PELO TIO FRASME*



CIUMEIRA BESTA OU BAITA DOR DE COTOVELO (1)

Peça teatral infantil, de ato único e cena idem, para criancinhas mais ou menos espertas de oito a oitenta e oito anos, cometida inadvertidamente pelo titio FRASME e levada ao palco pelo vitorioso grupo “TEATRINHO CRIANÇA FELIZ”

 Media luz. Abrem-se as cortinas. Como fantasmas, sombras perambulam por sobre o palco. Música, do eterno Lupicínio Rodrigues, em surdina. Quem canta é velho Jamelão. Seu vozerio dança com as sombras.:

  VOCÊ SABE O QUE É TER UM AMOR, MEU SENHOR

TER  LOUCURA POR UMA MULHER

E DEPOIS ENCONTRAR ESSE AMOR, MEU SENHOR

NOS BRAÇOS DE UM OUTRO QUALUER  

 A luz aumenta a intensidade paulatinamente. As sombras transformam-se em imagens reais do Tigrão e do Lobão I que, trajando ambos fina estampa, estão abraçados como se um corpo apenas fosse, aos “beijos e abraços” (2) como bem diria aquele nobre causídico, ao alegar legitima defesa da honra do seu (lá dele) cliente.

 No canto esquerdo do palco (3) o rei Leão, debulhado em lágrimas, eleva sua poderosa voz por sobre a música ambiental:

 VOCÊ SABE O QUE É TER UM AMOR, MEU SENHOR

E POR ELE QUASE MORRER

E DEPOIS ENCONTRÁ-LO EM UM BRAÇO

QUE NEM UM PEDAÇO DO SEU PODE SER

 Do outro lado, quer dizer do lado direito do palco (4), a Tigresa e o grande Lobão II, em dueto uníssono, entoam como se respondessem ao queixume do rei Leão:

 HÁ PESSOAS DE NERVOS DE AÇO

SEM SANGUE NAS VEIAS E SEM CORAÇÃO

MAS NÃO SEI SE PASSANDO O QUE EU PASSO

TALVEZ NÃO LHES VENHA QUALQUER REAÇÃO

 No fundo do palco o grande coral formado pelos Esquilinhos Trabalhadores, Raposa, Tourinho Gir, Mussaranho, Advogado (5), Gallo China, e mais um porção de bichinhos não nominados, cantam a plenos pulmões:

 EU NÃO SEI SE O QUE TRAGO NO PEITO

É CIÚME, DESPEITO, AMIZADE OU HORROR

EU SÓ SEI É QUE QUANDO A VEJO

ME DÁ UM DESEJO DE MORTE OU DE DOR

 Cai o pano. As luzes são acesas. A platéia inteira delira aplaudindo, freneticamente, o formidável elenco. Alguém, que estava perto do Burro, jura que o ouviu murmurar:

- É, o Lobão I foi o último a entrar no ônibus, mas já está sentado na janela... 

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Esta modesta, simplória, pífia, humilde e ”malescrita” fabuleta é uma homenagem “idem- tudo-aquilo-anterior”, ao MILLÔR FERNANDES (6).

Notas, pretensamente, esclarecedoras ou TITIO FRASME é cultura

A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão bebendo e chorando um amor perdido. De tanto ficar naquela posição, as pessoas ficavam com “dores no cotovelo”.

Como diziam aqueles antigos advogados nos tribunais de júri quando, defendendo maridos traídos assassinos de esposas “amadas”, justificavam:- “Viu sua esposa aos beijos e abraços com o outro, matou por amor!

O grande Leão sente-se melhor à esquerda.

Esquerda ou direita? “O que eu não entendo hoje, naquele tempo eu não sabia” como disse o Riobaldo Tatarana em Grandes Sertões de JGR.

Advogados estão, obrigatoriamente, em tudo que é lugar,

MILLÔR FERNANDES era super, hiper, fabuloso, fenomenal, insuperável, inconcebível, maravilhoso, melhor de todos. Recentemente cansou-se deste eterno “non sense” e foi embora para onde ele pensava não existir.. 

*FRASME vive em São Cristóvão cometendo peças

teatrais infantis, de ato único, que criança nenhuma

entende, para um jornaleco que ninguém lê.

Quem está na foto?

Caro leitor, você sabe quem está nessa foto enviada pelo riopretano Francisco Menezes, o Frasme? Participe enviando um e mail para jornalargumento@yahoo.com.br

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