CONCATENADAS PELO TIO FRASME*
CIUMEIRA BESTA OU BAITA DOR DE COTOVELO (1)
Peça teatral infantil, de ato único e cena idem, para
criancinhas mais ou menos espertas de oito a oitenta e oito anos, cometida
inadvertidamente pelo titio FRASME e levada ao palco pelo vitorioso grupo
“TEATRINHO CRIANÇA FELIZ”
♫
TER LOUCURA POR UMA MULHER ♫
♫E
DEPOIS ENCONTRAR ESSE AMOR, MEU SENHOR♫
♫NOS
BRAÇOS DE UM OUTRO QUALUER ♫
No canto esquerdo
do palco (3) o rei Leão, debulhado em lágrimas, eleva sua poderosa voz por
sobre a música ambiental:
♫E
POR ELE QUASE MORRER♫
♫E
DEPOIS ENCONTRÁ-LO EM UM BRAÇO♫
♫QUE
NEM UM PEDAÇO DO SEU PODE SER♫
♫SEM
SANGUE NAS VEIAS E SEM CORAÇÃO♫
♫MAS
NÃO SEI SE PASSANDO O QUE EU PASSO♫
♫TALVEZ
NÃO LHES VENHA QUALQUER REAÇÃO♫
♫É
CIÚME, DESPEITO, AMIZADE OU HORROR♫
♫EU
SÓ SEI É QUE QUANDO A VEJO♫
♫ME
DÁ UM DESEJO DE MORTE OU DE DOR♫
- É, o Lobão I foi o último a entrar no ônibus, mas já
está sentado na janela...
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Esta modesta, simplória, pífia, humilde e ”malescrita” fabuleta
é uma homenagem “idem- tudo-aquilo-anterior”, ao MILLÔR FERNANDES (6).
Notas, pretensamente, esclarecedoras ou TITIO FRASME é
cultura
A expressão
teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados
no balcão bebendo e chorando um amor perdido. De tanto ficar naquela posição,
as pessoas ficavam com “dores no cotovelo”.
Como diziam aqueles antigos advogados nos tribunais de
júri quando, defendendo maridos traídos assassinos de esposas “amadas”,
justificavam:- “Viu sua esposa aos beijos e abraços com o outro, matou por
amor!
O grande Leão sente-se melhor à esquerda.
Esquerda ou direita? “O que eu não entendo hoje, naquele tempo
eu não sabia” como disse o Riobaldo Tatarana em Grandes Sertões de JGR.
Advogados estão, obrigatoriamente, em tudo que é lugar,
MILLÔR FERNANDES era super, hiper, fabuloso, fenomenal, insuperável,
inconcebível, maravilhoso, melhor de todos. Recentemente cansou-se deste eterno
“non sense” e foi embora para onde ele pensava não existir..
*FRASME vive em São Cristóvão cometendo peças
teatrais infantis, de ato único, que criança nenhuma
entende, para um jornaleco que ninguém lê.