J. Argumento/Nossa Cidade.
Um areal para se instalar precisa de licenças de vários
órgãos, como por exemplo, Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) e
Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Mas não são só as autorizações obtidas
fora do município que garantirão a sua instalação e funcionamento. Ele precisará
também passar por uma aprovação municipal, que será dada através de um alvará.
Esta autorização, dependendo da atividade, exigirá também a participação dos vereadores.
Assim, a última palavra é sempre do município. Pois a lei protege qualquer
município de riscos econômicos e demais prejuízos que uma atividade possa
causar aos seus moradores, contribuintes, meio ambiente etc. São defesas
administrativas e legais. Fato é que apesar dessas defesas administrativas e
legais, as nossas autoridades concordaram (prefeito e vereadores da legislatura
passada). Não houve um alerta para os moradores, que poderia ter sido dado através
de uma publicação própria ou em um jornal local. Pior, não houve por parte dos
vereadores daquela legislatura um requerimento sobre o impacto ambiental e
urbano que esta atividade poderia causar. Ficamos com a sensação de que não temos
representantes de fato para as questões que exigem independência e coragem. Mais
uma vez a cidade e a população foram esquecidas e estão sofrendo os prejuízos
deste silêncio.
Os resultados estão nas ruas de nossa cidade e já mostram os
prejuízos: ruas afundando, por exemplo. Sem contar o congestionamento que se
agravou na rua Nilo Peçanha e a poluição sonora que estes pesadíssimos
caminhões vêm provocando.
Solução ainda há, prejuízos maiores podem ser evitados
(tubulações de água e esgoto ainda não estão arrebentando), para isso basta que
os nossos políticos, principalmente os que estão chegando agora, ajam para resolver
este problema. A solução é a retirada imediata deste areal do perímetro urbano.
O areal pode ficar sim, mas fora do perímetro urbano, de modo a não causar
prejuízos para os cofres públicos e à população. E se estamos falando em ação e
defesa dos interesses da nossa cidade, por que não falar também em uma
compensação para o meio ambiente. Tirar o areal do perímetro urbano é o
primeiro ato.
Que a cidade e seus moradores, pelo menos desta vez, fique em
primeiro lugar para os nossos representantes.