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10/27/2009

Editorial

Um Grito para ser ouvido
Imediatamente após a primeira edição do jornal O Grito, comentários irônicos foram veiculados no jornal Aqui. O que se pretendeu com isso foi desacreditar o novo jornal perante a opinião pública. Ao comparar o jornal O Grito a inutilidade do grito do porco diante da morte, tentaram nos convencer de que qualquer pessoa que discorde da atual Administração não será ouvida. Essa afirmação não deve ser verdadeira, pois para o melhor de Rio Preto é que qualquer opinião e jornal devem sim ser ouvidos e respondidos com argumentos que façam sentido. O que se espera da imprensa riopretana é que busque no Poder Público respostas completas e sérias para os problemas da cidade. O que se espera de um jornal daqui é que seja independente do Poder, para, assim, poder divulgar com igualdade as ideias, não importando serem estas da oposição ou situação.
Notamos, por outro lado, que a Administração 2009/2013 ainda não conseguiu um veículo de informação para responder aos questionamentos da oposição. E não será com piadas, anônimas ou não, que a prefeitura conseguirá cumprir esta obrigação.
Ficamos sem a Exposição, por motivo de saúde
O Dr. Rômulo Alvim escreveu uma carta aberta à população de Rio Preto e Parapeúna sugerindo o cancelamento da Exposição Agropecuária de Rio Preto em virtude da gripe da Gripe Suína (A H1N1).
A razão que o médico apresenta é o fato de que seria o cancelamento da festa uma forma de evitar, pelo maior tempo possível, a chegada aqui do vírus dessa gripe.
Este cancelamento da Exposição é uma medida sensata e oportuna dado o fato de desconhecermos a real dimensão que o problema causado pela nova gripe se configurará no futuro.
Nossa cidade está relativamente isolada dos grandes centros urbanos, os locais onde o vírus da nova gripe já está comprovadamente presente.
Devemos aproveitar a vantagem deste isolamento relativo de nossa cidade para conseguirmos evitar na medida do possível o surgimento de casos da nova gripe.
O adiamento ou mesmo o cancelamento da Exposição é uma das medidas que possibilitarão manter este vírus longe daqui, ao menos até que surja a vacina que nos livrará dos seus malefícios.
Felizmente, a Prefeitura acatou a sugestão do Dr. Rômulo.
Outra medida oportuna é agilizar para que quando surgir um caso suspeito dessa nova gripe, as equipes médicas possam imediatamente enviar material deste paciente para exames laboratoriais que comprovem se realmente é um caso de Gripe Suína. Assim, poderemos saber com certeza se as pessoas que apresentarem sintomas têm realmente a gripe ou não. Dessa forma, o paciente terá o tratamento eficaz, os médicos estarão seguros dos seus diagnósticos e Rio Preto terá noção exata da extensão que o problema da nova gripe alcançou aqui.

Notícias de Rio Preto

Artesanato riopretano na TV
A TV Panorama, afiliada da Rede Globo, visitou nossa cidade e fez uma matéria sobre o nosso artesanato. Vários artesãos foram entrevistados. No Funil, o artesanato de Célia Vaz, Índio, Lúcia, Regina, entre outros, ganhou destaque.
A fonte dessa reportagem foi o site da nossa cidade na internet. Através do www.riopreto-mg.com, segundo a equipe de reportagem, a TV Panorama tomou conhecimento da nossa arte.
Após esta matéria, certamente haverá um aumento de visitantes e vendas naquele lugar. O site tem informações da possibilidade de mais reportagens em outros canais.
Seria bom, diante disso, que o Poder Público de Rio Preto investisse mais na divulgação do nosso artesanato, pousadas, hotel, restaurantes, belezas naturais. Assim, incentivaria, decisivamente, o turismo e o comércio riopretano de forma geral. Incluiria na internet, por exemplo, a nossa Feira da Roça e Artesanato.
Enquanto as nossas autoridades não se movimentam para inclusão digital do nosso turismo e comércio, o site, dentro de suas possibilidades, vem divulgando gratuitamente o nosso artesanato. Mais informações para o artesão ver o seu trabalho divulgado gratuitamente estão no www.riopreto-mg.com
Esperamos sua visita e o seu contato.
Concurso para trabalhar na Câmara
A Câmara de Rio Preto vai realizar concurso para preencher três vagas, sendo uma de nível médio e duas de nível fundamental. As inscrições já estão abertas.Mais informações no site de Rio Preto (www.riopreto-mg.com), seção blog jornal Argumento.
Coincidência ou não, a iniciativa de realizar o concurso ocorreu após as denúncias do jornal O Grito sobre contratações irregulares realizadas pela Prefeitura e Câmara. Certo é que, após ter também contratado sem concurso, a Câmara volta atrás, marca concurso, e quebra um ciclo de anos.
Cachorros

Um cão danado, todos a ele, diz o ditado, que serve tanto para o bicho cão como para o bicho homem. Parece que em Rio Preto, o ditado vem ganhando uma força ainda maior, pois os inocentes cães são tidos como raivosos e comprometedores da nossa felicidade e paz.
Para tentar resolver esta questão, o advogado, cronista e protetor dos animais Dimas Cyrne Luz protocolou, junto ao Ministério Público de Rio Preto (leia-se Dr. Ari, o Promotor), uma proposta para que seja firmado com a Prefeitura um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Com esse termo, o advogado e muitos riopretanos pretendem uma solução humana para esta questão.
Torneio leiteiro lembra aniversário da cidade
A Fazenda Pouso Alegre, de propriedade do vereador Antônio Márcio e família, realizou, nos dias 23, 24, 25 e 26 de setembro, o 1º Torneio Leiteiro dos Amigos. Mais que uma competição, o torneio serviu para que o aniversário da cidade, 21 de setembro, fosse lembrado e comemorado pelos produtores rurais e demais participantes. Além das ordenhas, com vacas de primeiro plantel, os visitantes e participantes aproveitaram a noite com shows de forró.
Rio Preto tem internet banda larga. O que é isso?
Internet Banda Larga é o acesso à internet em alta velocidade. Esse tipo de conexão é capaz de ser até 30 vezes mais rápida que o acesso discado. Existem vários tipos e conexão banda larga, entre elas a via ADSL, a via cabo, a via ISDN ou a via rádio.
ACESSO VIA RÁDIO (Nossa)
O acesso via rádio utiliza a conexão por radiofrequência que através do equipamento de rádio permite o acesso banda larga. Neste tipo de conexão um aparelho de rádio é instalado no alto do prédio do assinante. Este aparelho precisa estar "vendo" o rádio do provedor para se comunicarem, isto é, voltado para o torre. É o que se chama "visada".
VANTAGENS
Economia para quem deseja conexões permanentes (24 horas por dia), por não pagar pulsos.Linha telefônica desocupada. Pode atender áreas sem possibilidade de cabeamento. O usuário tem que lidar com um só fornecedor de internet: o provedor.O tempo de instalação do rádio é curto.
RESTRIÇÕES
A instalação é mais apropriada para usuários coletivos, como por exemplo, condomínios. Existem restrições para o uso individual. Nem todas as áreas podem ser ativadas, é preciso ter a "visada". É preciso um número mínimo de assinantes.
Você acredita no turismo de Rio Preto?

Esta é a primeira enquete do jornal Argumento. Para participar basta acessar o site da cidade na internet (www.riopreto-mg.com) e, em seguida, entrar no blog do jornal. Até o fechamento desta edição, os votantes demonstraram otimismo no desenvolvimento do nosso turismo, 80% acreditam que temos condições para essa atividade lucrativa e de preservação do meio ambiente.
Bolsas plásticas na mira da lei
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou novas regras sobre informações obrigatórias que devem constar nas sacolas de compras de supermercados e outros estabelecimentos comerciais.
Com o objetivo de evitar acidentes e assegurar o uso adequado dos sacos, devem ser impressas informações sobre volume, peso máximo suportável, composição, riscos à saúde, segurança do consumidor e restrições de uso.
As informações constam no texto do relator do Projeto de Lei 1390/07, deputado federal Elismar Prado (PT/MG). Várias mudanças foram propostas pelo parlamentar e aprovadas pela Comissão. Elismar Prado explica que as novas regras devem ser aplicadas tanto para sacolas distribuídas gratuitamente quanto a sacolas vendidas pelos estabelecimentos.
Além disso, o novo texto proíbe o uso de sacolas sem alças, mas é possível o uso de embalagens destinadas a acondicionamento de lixo, o que era proibido na proposta original. O relator ainda inclui diretriz para que os estabelecimentos progressivamente coloquem à disposição de seus consumidores, sacolas retornáveis, buscando reduzir o consumo de sacolas plásticas.
O projeto segue para análise da Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania e depois para votação em Plenário.
Aguardamos a sua participação, mas não demore, pois esta enquete está terminando.

Os Pensadores


Adriana Falcão nasceu no Rio de Janeiro. Seu primeiro livro, voltado para o público infantil, "Mania de Explicação", teve duas indicações para o Prêmio Jabuti/2001 e recebeu o Prêmio Ofélia Fontes — "O Melhor para a Criança"/2001, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Em 2002, publicou "Luna Clara & Apolo Onze", seu primeiro romance juvenil. Seu romance "A Máquina" foi levado aos palcos por João Falcão. Na televisão, Adriana colaborou em vários episódios de "A Comédia da Vida Privada", "Brasil Legal" e "A grande família", todos da Rede Globo. Adaptou, com Guel Arraes, "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, para a TV, posteriormente levado ao cinema.
Solidão é uma ilha com saudade de barco. Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue. Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo. Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco. Pouco é menos da metade. Muito é quando os dedos da mão não são suficientes. Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça. Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego. Agonia é quando o maestro de você se perde completamente. Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento. Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. Renúncia é um não que não queria ser ele. Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe. Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. Orgulho é uma guarita entre você e o da frente. Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja. Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro... Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia. Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia. Perdão é quando o Natal acontece em outra ápoca do ano. Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa. Desatino é um desataque de prudência. Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo. Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. Emoção é um tango que ainda não foi feito. Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. Desejo é uma boca com sede. Paixão é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra. Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... também não. É um "desadoro"... Uma batelada? Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor não sei explicar...

Uma Homenagem

Roberto Duarte.

Terça, 18 de agosto. Viajo sem ainda saber da trágica notícia. Sabendo-a não a faria. Porém não posso deixar passar despercebido algo inusitado. Ao sair, já um tanto apressado para não perder a condução retorno instintivamente após ter caminhado bons passos. Sou instado a levar uma revista. Mas qual? Não foi necessário esforço qualquer. Estava sobre a televisão como a dizer-me – " eis - me aqui."
Revista Arautos do Evangelho – leitura mais que recomendável - recebo-a mensalmente por conta de modestíssima contribuição. É uma revista católica que sempre leio e releio, mormente as páginas que comentam o Evangelho. A releitura estava por fazer. Penso com meus "botões" - por que não a fizera? Sempre na primeira leitura grifo e assinalo com asterisco as frases e palavras - chaves que normalmente exigem maior ruminação para melhor aprofundamento, pois, emana da lavra do magistral articulista Mons. João Scognamiglio Clá Dias.
O Evangelho comentado é o de João cap.6, versículos 41 a 51 . "Eu sou o pão que desceu do céu."
No introito o articulista, suponho, começa tangendo com aquela força o teclado, carregando na tinta, - por minha conta - censura preconcebida aos coetâneos de Jesus: fariseus, saduceus, escribas e... quejandos – que esboçavam, gratuitamente, sua obstinada e ilógica incredulidade em relação à santidade do Mestre. Jesus diante deles deu provas inequívocas e evidentes: "cura de todo tipo de doenças, libertação de possessões diabólicas e outros milagres assombrosos, entre os quais a mudança da água em vinho, ou a multiplicação de pães e peixes, ocorrida pouco antes do episódio narrado neste Evangelho do 19° Domingo do Tempo Comum." Mas, para encurtar o assunto e ir logo ao cerne da questão diz que "a natureza humana é um composto de espírito e matéria - a alma e o corpo - no qual há uma hierarquia em que a parte espiritual deve - o grifo é meu - governar a material, o que ocorre pela prática da virtude - que é a disposição firme e constante na busca do bem - com o auxílio da graça." Não vou transcrever o que acontece quando "o homem se deixa dominar pelas potências inferiores. No primeiro caso predomina o espírito e dizemos estar diante do homem espiritual; no segundo, prepondera a matéria: é o homem carnal, ou como se diz materialista." Com Deus chego onde queria. Retornando a Valença ao desembarcar recebo a notícia do chamado de Deus ao nosso querido Hilton Mello.
Por que não esbocei qualquer reação? Porque veio - me à mente o ato inusitado - do levar a Revista. Era minha intenção relê-la no ônibus que me conduziria ao Rio de Janeiro. Tentei - mas do além veio a ordem de que o momento não seria aquele. Não ousei sequer tirá-la do envelope. Adormeci até. Quando me encontrava no lugar onde fui tratar do assunto que motivara a viagem - uma sala com relativo conforto umas trinta pessoas silentes com os olhos e ouvidos direcionados a uma televisão que transmitia o de sempre - a desgraça que assola o país: assaltos, latrocínios, arrastões, acidentes, prisão de gente grande e pequena, denúncias idem; falcatruas, arranjos, superfaturamento, malversação do erário público, caos na saúde – agravado pela nova gripe - na educação, atos secretos e... nada de punibilidade aos grandes, mas aos pequenos ... "não sei, não vi, não conheço." Mas a grana sumiu, o patrimônio aumentou - magicamente? Pensei em deslocar-me para o corredor de acesso à sala no intuito de livrar-me de tantas notícias e cenas ruins. Mas, graças a Deus lembro-me da Revista e, por vontade D’Ele consigo concentrar-me na releitura. Detenho-me no parágrafo que descreve o homem espiritual - eis a razão, agora detectada, do não ter esboçado qualquer reação quando soube que Hilton fora chamado a usufruir da bem-aventurança – vida eterna - que Deus lhe havia reservado desde a eternidade. Ainda criança já nutria um respeito e amor paternos por ele. Deixava-me entrar na Cooperativa para pescar. Cresci e, com meu crescimento cresceu também a empatia entre nós que o tempo transformou-a em uma sólida e intocável amizade mercê dos atributos e qualidades incontestes que detinha: humano, solícito, caridoso, discreto; amigo nas horas certas e incertas. Culto, capacíssimo na profissão que escolhera. Devo-lhe muito. Dele aprendi os meandros do como ser bancário. Mormente de como preservar intactas e indevassáveis as transações dos correntistas dentre outras tantas preocupações que devem estar sempre presentes na lida estafante a que é submetido o bancário. Hilton foi para mim e, com toda certeza o foi para muitos e para todos O EXEMPLO a ser seguido. Neste momento em que expresso-lhe humilde homenagem ainda não estive com nenhum dos seus. Abraçá-los-ei o quanto antes. Oferecer-lhes-ei possíveis palavras consoladoras – se a emoção permitir. Mas minha consolação é externa, periférica. Desejar-lhes-ei, agora sim, com a alma jenuflexa a consolação que provém do Altíssimo. Aquela que lhes atinja o coração desde dentro. Que o suaviza, regenera; interrompe as lágrimas. Hilton nunca deixou que alguém chorasse.Vezes sem número não enxugava lágrimas ... impedia - as de rolarem. Desapegado do material, temente a Deus. Quantas vezes o vi na Igreja Matriz: sentado, aquela contida expectativa; de pé, olhos fixos no altar; jenuflexo, ante a elevação das Espécies, dele emanava uma aura que o transfigurava. Como poucos exercitou "os valores mais fundamentais que orientam, norteiam a convivência humana – o acolhimento e a solidariedade social. Deu-nos o entendimento de que acolher significa colocar o que somos como pessoa e o que temos, como a competência, a serviço da promoção do próximo. Entrar em sintonia com a história, a vida, a luta, de cada um e de todos." Meu inesquecível Hilton, que você, agora na bem-aventurança que o Pai lhe concedeu, interceda para que os seus acolham a graça consoladora que vem do Pai, e que eles a divida conosco seus eternos agradecidos amigos. Os que tivemos a graça de seu convívio e de fruir da sua sincera amizade – que sejamos todos espirituais como o foi você. Ouça – se assim for da vontade do Pai - o até aí – dos amigos saudosos mas cônscios de que você está iluminado pela luz que promana do Altíssimo. Vendo-O face a face .
Obrigado por tudo Hilton

Camisa Número Um

Dimas Cyrne da Luz.

A existência de cada ser humano é ímpar, alguns já nascem com o destino traçado, e muitos não conseguem realizar todos os seus sonhos.
Há quem diga que até para as flores existe a "Sorte", umas nascem para enfeitar a vida, outras para enfeitar a morte. Mas uma coisa é certa na vida: existe a lei da compensação. Às vezes, perde-se de um lado, mas se ganha de outro.
No início da década de setenta, aos sábados, à noite, era realizada uma reunião no jardim de Rio Preto-MG. O assunto era a escalação do time de futebol de nome Central, que iria jogar no domingo. Muitas discussões, considerações e ponderações...Todos queriam jogar, um com a camisa três, outro com a nove e aí por diante...Mas uma camisa não era contestada – ela tinha seu titular absoluto, era a camisa de número um, a camisa do goleiro, e este titular chamava-se ZÉ PATINHA. De estatura mediana e magro, sem dúvida, o melhor goleiro da época. Debaixo do travessão, ele se tornava um gigante e criava asas, pois chegava a voar para fazer as defesa mais difíceis. A bola não balançava as redes. Assim, por muitos anos, graças ao talento do goleiro Zé Patinha, fomos vitoriosos.
O tempo passou, o time de futebol foi desfeito e cada jogador seguiu seu destino. E numa tarde cinzenta do mês de agosto do ano dois mil e nove, o serviço de alto falante de nossa Rio Preto, anunciou o que não queríamos ouvir – era o falecimento de José Maria Torres de Oliveira, o popular Zé Patinha. Fiquei triste e rezei. É o mínimo que um amigo pode fazer, recordei suas defesas como goleiro e, por um instante, tive a impressão de vê-lo novamente voar, mas desta vez não para pegar a bola, mas em direção ao Céu. Compartilhamos, muitas vezes, caçadas de rãs, banhos no rio Preto; jogos de bolinha de gude, e partidas de futebol, era meu amigo de infância e juventude. Às vezes, lamentava para mim a perda de sua mãe, que o destino lhe roubara ainda quando criança. Muito bem criado pelos avós, segui seu destino: foi coroinha na Igreja Matriz Senhor dos Passos de Rio Preto-MG, foi carregador de malas, pois nesta época ainda existia a saudosa Maria Fumaça, engraxou muitos sapatos, trabalhou como servente de pedreiro, pintor e também em firmas fora de nossa cidade, sempre trabalhador, honesto e amigo. Depois casou-se, teve filhos e por um tempo dizia estar feliz, mas o destino lhe reservara a separação...Mudou-se para Valença, e por lá permaneceu por muitos anos até os últimos dias de sua vida.
No jogo da vida, às vezes, procuramos livros e doutores, para nos ensinar como venceR. E é com pessoas humildes, como você, Zé Patinha, que aprendemos a driblar as adversidades da vida, com sabedoria, simplicidade e alegria.
Não sei quanto tempo vai levar, mas antecipadamente queria lhe pedir um favor: guarde aí para mim a camisa de número sete, já que a camisa de número um foi e será sempre a sua.
Descanse em paz, Zé Patinha, você merece.

Um Predestinado


Francisco B. Werneck.
Não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, mas, através de suas obras musicais, pude depreender que se tratava de uma personalidade ímpar no cenário nacional.
Para quem nasceu na roça e na pobreza, seria humanamente impossível galgar e até mesmo sonhar com o sucesso da fama...
O primeiro passo decisivo que ele deu foi realizado com a sua mudança para a cidade mais próxima da zona rural em que viveu os seus primeiros anos de vida...
Logo depois, granjeando a confiança de seu patrão que se mudara para uma cidade grande, ele acabou realizando a sua 2ª mudança, onde conquistou muitas amizades diante de pessoas de prestígio social e político.
E, assim, o tempo foi passando... passando... passando..., e ele ampliando os seu relacionamento na cidade grande em que alcançou um prestígio incomum junto das pessoas de destaque reconhecido na sociedade brasileira.
Estamos falando de ATAULPHO ALVES, célebre cantor e compositor, nascido em MIRAI-MG, e, posteriormente, passando a residir na cidade do Rio de Janeiro-RJ, onde pôde realizar o seu ideal de vida.
Pelo que ele era e pôde alcançar na vida, podemos afirmar, sem medo de errar, que foi um PREDESTINADO. A sua vitória foi alcançada às custas de sua perseverança, competência e vontade de vencer. Não houve proteção de ninguém e nem falcatruas para ludibriar a boa fé de quem quer seja. Houve, sim, a sua fé em DEUS e o seu mérito pelos bons propósitos que sempre o animaram durante toda a sua existência terrena.
Embora ATAUPHO ALVES tenha enfrentado tantos desafios em sua vida, superou a todos eles e mostrou que para vencê-los bastou a sua determinação de querer alcançar a realização de seu sonho...
Parabéns ATAULPHO, e eu, como seu conterrâneo, sinto-me muito orgulhoso por tudo isso...
Fica aqui uma lição de vida para todos nós. Quem quiser algo de bom na vida é só seguir os passos do nosso querido conterrâneo.
Para maiores informações desta figura impoluta, leia o livro "ATAUPHO ALVES – UM BAMBA DO SAMBA", de autoria do Professor, Escritor, Historiador e Pensador LUIZITO PEREIRA que poderá ser contactado através do seguinte endereço: Praça Dr. Luiz Alves Pereira, nº 1, Mirai-MG, Cep: 36790-000, tel (31) 3426 2203 ou da Fundação Israel Pinheiro, Av. Amazonas, no 491, sala 105, Centro, Belo Horizonte-MG, Cep: 30180-907, tel: (31) 3273 8393- Atenção da Sra. Maria Aparecida Rezende.

O Doido da Garrafa


Adriana Falcão.
Ele não era mais doido do que as outras pessoas do mundo, mas as outras pessoas do mundo insistiam em dizer que ele era doido.
Depois que se apaixonou por uma garrafa de plástico de se carregar na bicicleta e passou a andar sempre com ela pendurada na cintura, virou o Doido da Garrafa.
O Doido da Garrafa fazia passarinhos de papel como ninguém, mas era especialista mesmo em construir barquinhos com palitos. Batizava cada barco com um nome de mulher e, enquanto estava trabalhando nele, morria de amores pela dona imaginária do nome. Depois ia esquecendo uma por uma, todas elas, com exceção de Olívia, uma nau antiga que levou dezessete dias para ser construída.
Batucava muito bem e vivia inventando, de improviso, músicas especialmente compostas para toda e qualquer finalidade, nos mais variados gêneros. Uai aí aquela da mulher de blusa verde atravessando a rua apressada, e o Doido da Garrafa imediatamente compunha um samba, uma valsa, um rock, um rap, um blues, dependendo da mulher de blusa verde, do atravessando, da rua e do apressada. Geralmente ficava uma obra-prima.
Gostava muito de observar as pessoas na rua, do cheiro de café, de cantar e de ouvir música. Não gostava muito do fato de ter pernas, mas acabou se acostumando com elas. De cabelo ele gostava. Em compensação, tinha verdadeiro horror a multidão, bermudão, tubarão, ladrão, camburão, bajulação, afetação, dança de salão, falta de educação e à palavra bife.
Escrevia cartas para ninguém, umas em prosa, outras em poesia, como mero exercício de estilo.
Tinha mania de dar entrevistas para o vento e já sabia a resposta de qualquer pergunta que porventura alguém pudesse lhe fazer um dia.
Ajudava o dicionário a explicar as coisas inventando palavras necessárias, como dorinfinita.
Adorava álgebra, mas tinha particular antipatia por trigonometria, pois não encontrava nenhum motivo para se pegar pedaços de triângulos e fazer contas tão difíceis com eles.
Conhecia mitologia a fundo.
Tinha angústia matinal, uma depressão no meio da tarde que ele chamava de cinco horas, porque era a hora que ela aparecia, e uma insônia crônica a quem chamava carinhosamente de Proserpina.
Sentia uma paixão azul dentro do peito, desde criança, sempre que olhava o mar e orgulhava-se muito disso.
Acreditava no amor, mas tinha vergonha da frase.
Às vezes falava sozinho, Preferia tristeza à agonia.
Todas as noites, entre oito e dez e meia, era visto andando de um lado para o outro da rua, método que tinha inventado para acabar de vez com a preocupação de fazer a volta de repente, quando achava que já tinha andado o suficiente. (Preferia que ninguém percebesse que ele não tinha para onde ir.) Enquanto andava, repetia dentro da cabeÇa incessantemente a palavra ecumênico sem ter a menor idéia da razão pela qual fazia isso.
Durante o dia o Doido da Garrafa trabalhava numa multinacional, era sujeito bem visto, supervisor de departamento, ganhava um bom salário e gratificações que entregava para a mulher aplicar em fundos de investimento.
No fim do ano ia trocar de carro.
Era excelente chefe de família.
Não era mais doido do que as outras pessoas do mundo, mas sempre que ele passava as outras pessoas do mundo pensavam, lá vai o Doido da Garrafa, e assim se esqueciam das suas próprias garrafas um pouquinho.

Gol Contra

Adriano de O. Duque.

Parar no bar depois do trabalho é uma ótima opção para limpar a poeira da garganta e a burocracia da cabeça. Diariamente, faço esta faxina. Para tirar a poeira, basta um cafezinho. Já a burocracia de prazos, custas a maior e a menor, carimbos, certidões...a solução é uma boa conversa fiada. Com os dois, café e conversa, molho e limpo o trigo que garante o meu pão de cada dia. Sobre a conversa, sem dúvida, a melhor delas é o futebol. Campeonato Brasileiro está aí com direito a Ronaldão e Adriano. A seleção do Dunga (porque todo brasileiro tem a sua) é pesada. Ganhou a Copa das Confederações com destaque para o goleiro. Um mau sinal: um time onde o goleiro se destaca é, no mínimo, muito vazado.
Dia desses, porém, a rotina foi quebrada. Apesar de dois cafezinhos, fiquei sem a conversa do gramado. Tudo porque apareceu um conterrâneo na hora H. Ele estava passando, ou me seguindo, e de repente foi entrando pelo boteco como quem vai passando lentamente em frente a televisão no momento que a falta ou pênalti vai ser batido. Entrou falando com uma simpatia mais que habitual. Longe dos bares da cidade e demais ouvintes riopretanos, estava mais a vontade e, claro, independente. Logo começou a falar da nossa política municipal – com um fervor que só vendo. Sua "indignação" tinha como causa, segundo ele, um escândalo político, o qual fui tratando de dividir mentalmente por dez. Enquanto ele esbravejava em defesa dos cofres públicos e de sua cidadania ferida, percebi que o meu amigo do bar escutava tudo de tabela. Éramos dois ouvintes para aquele comício chato. Para acabar com aquilo, apliquei a tática dos políticos quando confrontados com fatos e perguntas, ou seja, a do silêncio total. E, felizmente, o final da conversa abreviou-se. Chegou com aquela frase imperativa de costume: você tem que pôr isto (o escândalo) no seu jornal. Concordei com a gravidade do fato e, para acelerar sua despedida, para não falar fuga, ofereci todas as linhas do jornal para ele, nosso cidadão indignado. Expliquei que ele estava mais interado do assunto e filosofei com aquele verso de que uma andorinha só não faz verão. Foi aí que ele pulou, ou melhor, voou. Fingiu pressa e se despediu. O dono do boteco riu desta vez e, lá da pia mesmo, lavando os copos, falou: "É, Rio Preto, Tiradentes tem muitos, tá faltando é pescoço".
Paguei a continha, fui embora pensando nos Tiradentes sem pescoço e chutando tampinhas para os gols que nunca fiz.

8/16/2009

EDITORIAL


Sábado, 04 de julho, o Sr. Prefeito Dr. Edmar, utilizando-se da Rádio Comunitária, falou à população sobre os seus seis primeiros meses de governo. Além dos seus pronunciamentos pela rádio, ele vem distribuindo os informativos da Prefeitura. Louvável a iniciativa de prestar contas e reparar um erro de campanha: o de não falar sobre os seus projetos para Rio Preto. Com perguntas elaboradas pelo seu grupo político (não foi aberto aos ouvintes a opção de participar da entrevista), o Sr. Prefeito respondeu muitas questões. Mais uma vez falou que está pagando muitas dívidas dos administradores passados. Porém, é de se registrar, que nada fez ainda para que os cofres públicos sejam ressarcidos, ou seja, não comunicou os fatos ao Tribunal de Contas e nem levou ao conhecimento do Ministério Público as irregularidades que diz ter encontrado. Das duas uma: ou estamos diante de uma jogada política para desgastar os administradores passados ou está havendo cumplicidade.
A saúde foi o tema de grande destaque no pronunciamento do Prefeito. Além de suma importância, ela vem sendo muito questionada pela população. Afinal, é na Santa Casa, por exemplo, que temos os primeiros socorros e também internações. É para lá que todos corremos, a qualquer hora, para buscar socorro. Quanto a este ponto, a população ficou sem muitos esclarecimentos. Até bem pouco tempo, os funcionários daquela Irmandade estavam com seus salários atrasados e um dos motivos era a falta de repasse de dinheiro pela atual administração. Ficamos também sem saber o porquê do afastamento da Srª Dirce, uma provedora que sempre batalhou pela Santa Casa. Será que foi por motivo político? Se o motivo foi este – o que não justifica também tal atitude – parece que agora não vai haver mais razão para não repassar o dinheiro mais que necessário e justo para ajudar a pagar os servidores daquele hospital e cuidar da saúde da população riopretana. Ainda sobre a saúde, com relação a Tomada de Preços (modalidade de licitação prevista na Lei das Licitações – L. 8666/93), o Sr. Prefeito alegou sua utilização para compra de medicamentos para o Posto de Saúde. Então deve haver um Contrato Administrativo, como manda a Lei das Licitações. Seria interessante que algum vereador buscasse este contrato e fizesse um relatório à população sobre o mesmo. Para finalizar o tema, é de se esclarecer que o PSF é obra e projeto do Governo Federal, inclusive a folha de pagamento é paga por Brasília. Mais uma conquista do governo Lula para todas cidades do Brasil, conquista esta que, é bom lembrar, PSDB E DEM votaram contra.
Dando fim ao seu pronunciamento, o Prefeito alegou falta de tempo para falar de meio ambiente e cultura. Talvez, porque ainda não tenha nenhum projeto em andamento. Com relação ao meio ambiente, lembramos que existe um ótimo projeto para o rio, que inclusive já virou lei, é o chamado Guardiões do Rio Preto. Se esta lei sair da gaveta, isto é, se for regulamentada pelo Prefeito, teremos empregos e consciência ambiental gerados, incentivando, de quebra, o turismo para o nosso lugar. Esta lei visa, principalmente, a despoluição do rio (bolsas plásticas e demais resíduos poluentes), a recuperação das matas ciliares e o repovoamento das espécies. Para isso acontecer, a Prefeitura teria uma equipe para cuidar do barco (limpeza, plantio e repovoamento do rio); a segunda para trabalhar com a população ribeirinha (conscientização para não jogar lixo no rio); e a terceira para elaboração de um viveiro para a recuperação das matas ciliares. Uma lei que, se regulamentada pelo Prefeito, criará, no mínimo, uns 15 empregos. Buscando sensibilizar o Prefeito para esta questão ambiental, o Jornal Argumento encaminhou à Secretária do Meio Ambiente, Srª Marilda, uma cópia desta lei. E ofereceu para a Secretária Marilda um espaço neste jornal e no site de Rio Preto pelo tempo que for necessário para que a população comece a entender a importância econômica e ambiental do rio. Dela, ouvimos a promessa de conversar com o Sr. Prefeito, além de buscar parcerias com os municípios vizinhos.
O editorial desta edição vai ficando por aqui, esperamos notícias melhores para a próxima edição, principalmente com relação à Santa Casa, meio ambiente e cultura. Uma boa leitura!

Capivara


PESQUISA: VALÉRIO MACHADO DUQUE - ANALISTA AMBIENTAL DO IBAMA.
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Hydroqueridae
Nome científico: Hydrochoerus hydrochoeris
Nome vulgar: Capivara
Categoria: Não consta
Atinge até 1 m de comprimento e 60 cm de altura. É uma espécie herbívora. Habita as florestas e matas de beira de rio, em todo o Brasil. É o maior roedor do mundo. Seu principal refúgio quando perseguida é a água.

GAVIÃO DE COLEIRA


PESQUISA: VALÉRIO MACHADO DUQUE - ANALISTA AMBIENTAL DO IBAMA
Esta espécie possui asas longas e pontiagudas e desloca-se rapidamente, em linha reta, através de vôo batido, embora aproveite também as correntes de ar quente para ascensão.
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Falconidae
Nome científico: Falco femoralis
Nome vulgar: Gavião-de-coleira
Categoria: Vulnerável
Esta espécie possui asas longas e pontiagudas e desloca-se rapidamente, em linha reta, através de vôo batido, embora aproveite também as correntes de ar quente para ascensão. Tem o hábito de pousar em árvores diante das queimadas, para assim localizar presas que estejam fugindo do fogo.
Nidificação: a fêmea põe 2 ou 3 ovos, raramente 4, em um ninho de gravetos, construído pelo casal, no alto de uma árvore. Os ovos, brancos ou branco-avermelhados e manchados de pardo, normalmente vermelho-pardos, medem 40-48 x 31-36 mm. O casal incuba os ovos e cuida dos filhotes.
Alimentação: insetos, pequenos vertebrados terrestres, capturando inclusive serpentes peçonhentas; além destes animais, pesca pequenos peixes. Apesar de "peneirar", caça mais comumente próximo ao solo, apanhando suas presas tanto no ar quanto em terra.
Hábitat: áreas abertas, cerrados, cerradões e, às vezes, na periferia de áreas urbanas.
Tamanho: 41,0 cm.
Fonte: USP

VENDEDOR DE LIVROS DE MG CONSTROI CASAS COM PNEUS USADOS


PESQUISA: VALÉRIO MACHADO DUQUE - ANALISTA AMBIENTAL DO IBAMA.
Um vendedor de livros de Divinópolis (MG) resolveu dar um destino criativo e inteligente para pneus usados. Ele construiu a própria casa usando o material descartado.
A construção, que fica na zona rural do município, foi erguida com 800 pneus velhos e tem um cômodo de 35 m². "Furei a caixa, coloquei pneus e enchi de terra", diz Alvimar Araújo, o dono da casa.
Sobre a laje, o telhado também é de pneus. Araújo gastou cerca de R$ 1 mil para construir a casa, mas não foi a economia que motivou o inventor. "Do jeito que está aqui, o pneu pode ficar quieto por muitos anos. De qualquer outra forma que for aproveitar, não deixo de prejudicar a saúde das pessoas ou o ambiente", afirma.
Na propriedade do vendedor, são muitas as ideias para aproveitar os pneus. Eles são usados em cercas, brinquedos do parque, para puxar água de um poço e até para fazer uma pia.
Depois da casa, Araújo quer agora construir uma biblioteca com paredes feitas com latas de alumínio. Para levantar o prédio, ele já juntou 8 mil latas, mas faltam ainda 39 mil. "É trabalhoso, mas vale pelo incentivo à cultura, por tirar alguma coisa da natureza. Isso preenche a vida", diz. (Fonte: G1)

Ibama vai aplicar multa na empresa que importou contêineres com lixo

PESQUISA: VALÉRIO MACHADO DUQUE - ANALISTA AMBIENTAL IBAMA.
A multa a ser paga pela importadora e transportadora dos 25 contêineres repletos de lixo doméstico encontrados em Santos na última sexta-feira (17) deve ser definida nesta segunda-feira (20). A informação é da chefe do regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ingrid Oberg.
O nome da importadora que atuou no Brasil não foi divulgado, porque o Ibama ainda investiga o caso. Como a empresa na Inglaterra que vendeu o lixo para a importadora brasileira não tem representação oficial no país, o Ibama não pode multá-la. "A primeira multa foi fixada em R$ 155 mil. A segunda deve ser fixada amanhã", disse.
Segundo Ingrid, a carga de lixo doméstico que veio da Inglaterra "não tem lógica alguma". "Exportar lixo doméstico é proibido pela Convenção de Basiléia", afirmou.
A chefe do Ibama contou à Agência Brasil que as investigações estão a cargo da Polícia Federal e que a regional de São Paulo já encaminhou todos os trâmites burocráticos necessários para Brasília. "Eles estão tratando com os ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores para repatriar o lixo", completou.
De acordo com ela, que viu os contêineres de perto no porto de Santos, a carga já cheira mal e é difícil precisar o que há nela. "Não queremos abrir o lixo para não poluir a área alfandegária", disse. Ingrid afirmou também que a suspeita é que os contêineres estejam abandonados no porto de Santos desde novembro do ano passado.
Procurada pela neste domingo (19), a Polícia Federal informou que o caso está em fase investigatória e não há novas informações sobre o lixo encontrado em Santos.
A agência BBC Brasil informou no sábado (18) que a Agência Ambiental da Grã-Bretanha está investigando o caso e as empresas responsáveis pela exportação de lixo para o Brasil podem ser processados, multados e até punidos com prisão. (Fonte: Agência Brasil)

ESCOLA ESTADUAL DERMEVAL MOURA DE ALMEIDA

VIRGÍNIA ALMEIDA FERREIRA
O mundo moderno assiste a maior das revoluções que jamais envolveu o homem a luta que a maioria da sociedade humana trava em busca de melhores condições materiais de existência. Sabemos que isto só será conseguido através da educação. Rio Preto pode se orgulhar de possuir um grande templo do saber, a escola imponente que no passado atraía centenas de estudantes de todos os municípios vizinhos, oferecendo cursos diversos, com diplomas que possibilitava todos entrarem no mercado de trabalho. Por aqui, passaram: mestres, recrutados entre intelectuais de elevado porte, que guiavam os passos de tantos destinos educacionais, assegurando um alto nível de ensino. Saudosa escola, daquele tempo de normalistas, que se acotovelavam nos corredores. Com suas saias azuis as ‘jovens estudantes", cheias de sonho representavam a conquista de um ideal em que a mulher passa a freqüentar os bancos escolares e traçar um caminho próprio para sua vida.
Uma escola cheia de histórias guardadas no coração de cada estudante que por aqui passou.
O cenário hoje mudou muito, mas a escola continua aqui, a mesma de tantos anos. Agora salas vazias por imposições legais, mas agigantadas pela ação de ainda oferecer educação de qualidade. Mestres jovens e entusiastas circulam pelos longos corredores, suas palavras cheias de sabedoria levam o saber aos alunos ávidos de conhecimento que se preparam para um futuro maior. Aqui, ainda hoje, a Escola Estadual "Dermeval Moura de Almeida", exerce bem o seu papel, comprometida com o desenvolvimento integral do aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e para o trabalho. Nos bancos desta escola, ainda permanece viva a lembrança de cada estudante que iniciou aqui uma história de vida.
Hoje, freia a saudade no coração de ex-estudantes que sempre vão agradecer pelas lições que hoje ainda podem recordar.

A VOZ DOS BAIRROS


1.Sou moradora do Bairro Cavaco. Já estou pensando nas chuvas que virão. A seca passou e a rua não foi refeita. Acho que com as pedras soltas, bueiros quebrados, as conseqüências serão piores ainda. Que Deus proteja nossas famílias e casas.
2.Na Praça da Amizade apareceu um personagem de poucos amigos, é o João Buracão que já está sendo chamado João Cratera.

ANDA BRASIL PASSA EM RIO PRETO


Anda Brasil é uma Confederação Brasileira de Caminhadas, esportes não competitivos e inclusão social. Foi fundada em 25 de agosto de 2006 durante o First Walking Rio com apoio da Federação Internacional de Esportes Populares (IVV), da Federação Francesa de Esportes Populares (FFSP), Instituto regional de Cooperação e desenvolvimento - IRCOD e da Associação Brasileira de Turismo Rural no Rio de Janeiro - ABRATURR.RJ.
Rio Preto anda no Anda Brasil. Foi incluído através de contatos da Presidente da Arpemg, Srª Marilda. A data para a primeira caminhada já está marcada, vai acontecer no dia 16 de agosto. O local é a bucólica região da Serra do Funil, fazenda São Lourenço do Funil, uma reserva particular em ótimo estado de preservação. Começar esta caminhada é fácil, basta entrar em contato com a Srª Marilda ou Sr° João Emidio, que é o Presidente do IAVARP, pelo telefone (32)32831758 ou pelos e mails iavarp@hotmail.com ou arpemg@yahoo.com.br
Outra atração de participar do Anda Brasil em Rio Preto-MG é que a data coincide com a festinha do Arraial do Funil, lugar muito visitado em consequência de suas belezas naturais, como grutas, matas, cachoeiras etc.
Mais informações sobre Rio Preto, Funil, Arpemg e Iavarp no site www.riopreto-mg.com

Ecos do Grito


Oposição como nunca existiu em Rio Preto, feita nos primeiros seis meses de governo, e não aquela de última hora feita apenas na campanha eleitoral. Oposição com razões e textos de qualidade, informações interessantes sobre a máquina pública (Prefeitura). Oposição como nunca existiu em Rio Preto, com políticos unidos e combatendo pela transparência, uma união inédita de pessoas, de ideias e partidos diferentes que unidas fazem com O Grito uma oposição muito mais forte e eficiente das oposições já vistas por nós no passado.

PREFEITURA TEM DINHEIRO NA CREDRIO


O Sr. Prefeito vem reclamando que encontrou a Prefeitura com os cofres vazios e, ainda por cima, com muitas dívidas a pagar. Estranhamente, paira um silêncio sobre um dinheiro público desaparecido, estamos falando no dinheiro do município que está lá na Credrio. Será que este dinheiro retornará aos cofres públicos? Quanto está retido? O que já foi feito pela atual Administração?

O GRITO ALERTOU


1. Prefeitura tem concurso com validade, mas contrata por fora mais de 100. Burla a lei, já que contratação temporária deve atender à excepional necessidade, o que não é o caso.
2. Câmara contrata sem concurso.
3. 1300 assinaturas querem o vereador Wellington dirigindo novamente a van do Posto de Saúde. Esse funcionário conduzia pacientes para Juiz de Fora e era muito estimado por sua eficiência e educação com os passageiros.
4. COSIP. Acabar com esse tributo foi promessa de campanha.

RIO PRETO PODE VIRAR RIBEIRÃO


O rio Preto está sendo assoreado na margem do município de Valença. Caminhões com terras e entulhos vem sendo jogados no rio, logo na saída de Parapeúna para Santa Rita. A principal consequência de um rio assoreado são enchentes cada vez maiores e mais frequentes. A prefeitura de Valença já foi denunciada aos órgãos ambientais. Há alguns anos, a Polícia Federal fechou um lixão que era patrocinado pelas prefeituras de Valença e Santa Rita de Jacutinga nas margens do rio Preto. Mudam os prefeitos, mas as ideias não se renovam.

NOVA GRIPE


(CARTA ABERTA AS AUTORIDADES E AO POVO DE RIO PRETO E PARAPEÚNA)
O mundo todo se depara, assustado, com um vírus novo, mutante, que causa infecção respiratória séria, algumas vezes grave, que pode levar à morte. Nenhum vírus anda sozinho, ele precisa da "carona" de uma pessoa.
Estamos próximos de uma Festa Popular: a Exposição. Onde milhares de pessoas, de fora e daqui, se aglomeram. Aí o risco. Será que vale a pena? Acho que não. Talvez esteja na hora de colocar na balança. Vamos correr um risco grande de trazermos o vírus para cá. Fica a pergunta: não havendo a festa, impediremos o vírus de chegar aqui? Claro que não. Ele vai chegar. Não promover a festa é uma maneira de atrasar sua chegada.Vejamos: A festa é final de setembro. A vacina, nos países de 1º mundo, deve estar à disposição ainda no final deste ano. Dois meses... A vacina brasileira deve ficar pronta ano que vem. Quem sabe dá tempo? Sei que é uma postura antipática. Chega a ser meio triste. Mas, quem sabe, melhor uma tristeza passageira agora, que a tristeza definitiva de perder um ente querido? Melhor perder uma festa que perder uma vida.
Minha posição não pode e não deve ser decisiva. É só a opinião de um velho médico.
Que se ouçam opiniões de outros profissionais mais capacitados. A decisão é de todos e de cada um.
Não é hora de brincadeira nem de omissão. Estamos falando de vida.
Responsabilidade: Para que nenhum de nós se arrependa depois.
Rômulo Pereira Alvim.
Médico

IBAMA ENQUADRA GARIMPEIRO


O Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Estado do Ambiente realizaram operação para acabar com um esquema de garimpo ilegal no Rio Paraíba do Sul, no município de Carmo, na divisa entre Rio e Minas Gerais. A Mineradora Melo, que não possuía licença ambiental para a atividade, foi autuada.
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez o cerco à fazenda Estrela Dalva ainda de madrugada. A propriedade era usada como base para os garimpeiros. No local, foram encontradas quatro balsas grandes equipadas com bombas de sucção para retirar o cascalho do leito do rio e mais duas balsas-dormitório, onde estavam onze trabalhadores de outros estados. O proprietário das balsas, Jorge Bolívar Melo, foi autuado em flagrante e conduzido à delegacia do município de Carmo junto com os funcionários.
Nas balsas, os agentes também identificaram materiais utilizados para a lavra mineral, como peneiras, roupas de mergulho, maçaricos, extintores e cuias, além de bombonas, que serviam para o transporte do cascalho. De acordo com o perito do Instituto Carlos Éboli, Fernando Aires, foram identificados vestígios de mercúrio nas cuias. O metal, que é usado no garimpo para separar o ouro do cascalho, é de uso proibido em razão de provocar danos muitas vezes irreversíveis ao meio ambiente, além de ser prejudicial à saúde.
O Ibama abriu inquérito para investigar o crime ambiental. De acordo com a Lei federal nº 9.605/98, o infrator está sujeito à detenção de seis meses a um ano e à multa de até R$ 50 milhões.
A blitz conjunta contou com a participação do ministro Carlos Minc e foi coordenada pelo assessor especial do Ministério, José Maurício Padrone, que reuniu equipe de mais de trinta agentes do Grupamento Aero-Marítimo (GAM), Ibama, Batalhão Florestal, Bope, Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) e Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

OS JUSTOS


Jorge L. Borges
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.

INSTANTES


Jorge Luis Borges
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima, trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui. Tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida: claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não os perca agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram. Tenho 85 anos e sei que estou morrendo."

KISS COM ISSO


Adriano de O. Duque.
Rio Preto pode ficar sem sua festa maior, a Exposição. O motivo é a gripe. Mas há alternativas para que isso não aconteça, inclusive tiradas em recente reunião. Senão, vejamos. Sugeriram o uso das máscaras. Na portaria, funcionários ficariam encarregados de mascarar as pessoas e, dentro da festa, muitos outros fiscalizariam seu uso. Mas como ficar de máscara dentro de uma festa, surgiu o questionamento. E para beber?fumar?beijar?...componentes indispensáveis para qualquer comemoração. Alguém solucionou o problema da bebida, aliás foi o primeiro componente enfrentado e solucionado. A bebida não seria servida em copos ou latas, mas em seringas descartáveis. Formaria – se uma fila e cada barraca venderia suas ampolas. Para os beberrões, haveria um reservado onde a ingestão daria - se em forma de soro. O cara ficaria deitado e receberia os emeeles necessários para o seu festejar. O problema do fumo foi solucionado com mais facilidade, basta adesivos com nicotina e o vício está saciado. Com relação à maconha, por não haver o adesivo e a legalização da erva, não há risco algum, pois continuará sendo consumida em lugares mais afastados, longe das aglomerações, isto é, estradas, ou melhor, aeroportos. Ficou faltando o beijo. Depois de muito se pensar, o romântico do grupo arriscou um palpite: vamos beijar com os olhos. Isso é coisa de maluco, sacanearam alguns. O mais didático do grupo explicou que não funcionaria, pois as emoções afloram em uma festa e beijar com os olhos seria tão impossível quanto comer com os olhos diante de um banquete. Ah!oh!... silêncio no grupo. Alguém lembrou que a porção havia se acabado. Passados uns minutinhos, depois de outra rodada, é bom informar que esta reunião ocorreu num bar, entre álcool, cigarros e, claro, beijos, a mulher do grupo opinou. Com seus..., já nem sei quantos sentidos e libras a mais, e um pouquinho de ressentimento também, falou leve, pausada e desafiadora (ou vingativa?): vamos beijar como se estivéssemos beijando pela última vez e aí quem pegar o vírus pegou, ele será só um detalhe, afinal beijar é ato maior que festa e vírus. Beijar é demonstração de afeto, amor e paixão, mas não de número. Nesta última parte entrou a bronca. Falou daqueles caras que beijam para os outros. Alguém ponderou que há também aquelas que beijam para os outros e, principalmente, para as amigas morrerem de inveja. Novamente o silêncio. O poeta quis participar, desceu do seu mundo etílico-contemplativo e, claro, lembrou um verso. Atacou o problema com o seu poeta de cabeceira e bebedeira, o Augusto dos Anjos, e recitou: "Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro. A mão que afaga é a mesma que apedreja". E, como poeta, não esperou resposta de ninguém, tomou mais uma, deu outro trago no cigarrinho e voltou para o seu mundo. Foi aí, entre a viagem de volta do poeta e o silêncio do grupo, que o mais bêbado e fumante entrou na discussão e misturou vírus, poesia, política, música, medicina, religião e despejou: dane-se a gripe! viva a vida! quem tiver a mão decepada levante o dedo! tudo é tudo nada é nada! a culpa é da igreja! a culpa é do prefeito!..Diante desta catarse etílica, alguém teve a lúcida ideia de pedir a conta e deixar o problema do beijo para o próximo encontro que pode ser, quem sabe, na Exposição.

7/06/2009

EDITORIAL


"Nenhum governo pode dizer que é um sucesso sem uma oposição formidável." Benjamin Disraeli"
Passados seis meses do atual governo, uma pergunta já está no ar: seria curioso saber qual é a opinião sobre a atual administração daqueles candidatos que, na eleição passada, nos traziam mensagens, propostas, e eram oposição ao PSDB (45)? Que têm a nos dizer os que ontem foram candidatos a prefeito? Que têm a nos dizer sobre Rio Preto e a atual administração, os partidos políticos de oposição?
Há quatro anos e seis meses, colocávamos nas ruas a primeira edição do jornal Argumento. Com a intenção de falar de meio ambiente, cultura e, principalmente, política, chegamos a esta vigésima sétima edição. Com esses propósitos, partimos a cada bimestre com nossas seis páginas. Os leitores gostaram. Logo, surgiram as colaborações, anunciantes e assinantes. É de se registrar também que começamos nossa publicação junto com a administração passada, o que foi uma boa coincidência, já que o jornal passou a tratar de política no início de um mandato. Politicamente, emplacamos o nosso segundo mandato: o Jornal continua com seu propósito de ser o contraponto da notícia oficial. Esse propósito faz alternar a satisfação ou insatisfação dos grupos políticos. Muitos daqueles que gostavam, agora estão contra. É simples, viraram poder. Por outro lado, o grupo que perdeu o poder, que era aquele que não gostava do Jornal, agora começa a mencioná-lo. Que bom que o Argumento, com relação aos grupos políticos, só tem uma vontade: expô-los diante da bipolaridade política que carregam. Ser a favor ou não de concurso público, transparência com as finanças publicas, combate à corrupção, empreguismo, é mera questão de estar ou não no poder. Sabendo disso, foi tarefa fácil evitar, por exemplo, o fanatismo eleitoral passado. Bastou dirigir esta publicação para o campo das propostas, para que a cidade fosse pensada pela maioria dos candidatos, fato difícil até então. A eleição passou. Estamos no início de um governo que, apesar de não ter ido para o embate das idéias, prometeu reconstruir Rio Preto, o que nos deixa esperançosos. E se a esperança já esmoreceu um pouco, deve-se ao fato desta administração ter acobertado, até agora, as coisas erradas da administração passada. Onde já se viu deixar, por exemplo, professor sem receber, dívidas com INSS, e não denunciar o fato ao Tribunal de Contas. Parece que está havendo uma cumplicidade, onde a insatisfação da atual administração perante os desvios e sucateamento da máquina administrativa é mais para a esquina, já que estão restritas a jornais a serviço da expressão do poder. Foi dito, em outra ocasião, que o administrador público que constata irregularidades do seu antecessor e silencia perante os órgãos fiscalizadores também está infringindo a lei, isto é, cometendo crimes contra a ordem administrativa.
A oportunidade de reconstruir Rio Preto está aí, e já começa a passar. Este é o momento de quebrar o ciclo perverso onde o mau político é protegido pelo seu sucessor. E esta proteção ocorre em detrimento dos cofres públicos, financiadores da educação, merenda escolar, saúde, veículos oficiais, turismo, meio ambiente etc.

O QUE É MITO E O QUE É VERDADE SOBRE O CAFEZINHO/FONTE:JORNAL HOJE. REDE GLOBO.


O que é mito e o que é verdade sobre o cafezinho?
De boca em boca a fama. "Eu tomo mais na hora do café da manhã. Eu gosto mais de tomar para degustar", afirma a jornalista Ana Flor Maia. "Tem que ser depois do almoço e o ideal é que fosse um capuccinozinho bem legal", diz o analista de sistemas, Robério Cavalcanti. "Depois do jantar eu evito, mas se é especial, eu tomo também", brinca um fanático. "Não posso tomar café porque eu sou cardíaco, tenho problemas do coração e proibiram o café. Eu tomava de dez a 12 por dia", conta o gerente de padaria, Carmnino Gomes da Silva.
Mocinho para alguns, vilão pra outros. Unanimidade definitivamente não é o forte dele, mas depois de uma série de estudos o que dá para afirmar é que o cafezinho nosso de todo dia pode ser sim um importante aliado no combate a uma série de doenças. Mas a quantidade passa a ser o principal componente.
"Nós recomendamos em torno de três cafezinhos por dia", explica o professor da faculdade de medicina da USP, Dan Vaistersberg. E não são poucos os benefícios. Na medida certa ele reduz o risco de câncer de cólo de útero, ajuda combater diabetes, dores de cabeça asma e até a cárie.
Apesar da paixão declarada pelo grão, o professor de Medicina da Universidade de São Paulo ressalta que em alguns casos é preciso sim ter cuidado, muito cuidado. Nas grávidas ele aumenta o risco de aborto e reduz o tamanho do feto. Mulheres que têm na família casos de osteoporose também não podem tomar café demais, porque ele potencializa a perda de cálcio. Cafeína em excesso não é indicada ainda para cardíacos, hipertensos e gente que tem problemas para dormir.
Se não dá pra ficar sem ele, use-o então com moderação. É a dica de quem descobriu o equilíbrio sem abrir mão do prazer. "Tomar pouco, com leite, diluído, o famoso pingado, a média. Eu não abro mão do café e espero que nenhum médico me proíba", brinca o professor.

COSIP VAI ACABAR


Contribuição de Serviço de Iluminação Pública é uma espécie de tributo. Sua instituição deu-se no governo passado e, mensalmente, vem sendo cobrada na conta de luz. Trata-se de um tributo facultativo. Pode ser revogado (extinto) a qualquer tempo. Aliás, acabar com esse tributo foi promessa de campanha da atual administração.

NOTÍCIAS NA REDE


O Jornal Argumento tem seu blog. Primeiramente, é bom que se explique essa palavrinha feia. Blog é um sistema de publicação na web destinado a divulgar informação por ordem cronológica, à semelhança de um diário. Quer dizer, então, que o Argumento está levando suas notícias também na internet. Com esta nova maneira de publicar, o número de leitores do Jornal amplia-se, atendendo, principalmente, àqueles riopretanos que estão fora, mas sempre querendo saber notícias da cidade. Outra vantagem de publicar on line também está na possibilidade de mais notícias do que na versão impressa, incluindo fotos com ótima resolução.
Com o tempo, o Jornal vai disponibilizar aos leitores todas as edições.
Conhecer a versão on line do jornal Argumento, é fácil. Basta acessar o site de Rio Preto na internet – wwww.riopreto-mg.com e, na parte inferior esquerda, clicar no Jornal.

CÂMARA INFORMA


A Câmara dos Vereadores está prestando informações na praça. Um painel aponta as despesas daquela casa com os subsídios (salários) dos vereadores, entre outras informações. Faltou, porém, uma informação de muita importância para os eleitores e contribuintes: as razões que possam justificar o aumento excessivo dado aos vereadores. Os vereadores subiram os seus salários em 50%, medida esta de caráter injusto que deveria ser revista pelos nossos atuais legisladores. A única informação que se tem até agora é que não houve um voto contra este aumento, que foi aprovado pelos vereadores da legislatura passada para a atual.

BRIGADA DE INCÊNCIOS/RIO PRETO TEM A SUA


Rio Preto realizou o primeiro curso de combate a incêndios florestais. Com uma carga horária de 24 horas, o curso se estendeu por três dias. Hoje, pela primeira vez na história, Rio Preto conta com 28 brigadistas voluntários que desempenharão, com eficiência, o papel de combater incêndios e orientar outros voluntários. O melhor é que eles nunca sejam chamados, para isso, um trabalho de conscientização dos produtores em muito vai garantir também a preservação de nossas matas e animais silvestres.
A Secretaria de Meio Ambiente foi decisiva para a realização do curso. Para quem quiser saber mais, a secretária Marilda disponibilizou, no site de Rio Preto (www.riopreto-mg), página do IAVARP (Instituto Ambiental Vale do Rio Preto), um texto com todas as informações do curso e fotos de abertura. Vale a pena conferir.

SAÚDE/SECRETÁRIO RESPONDE NOTÍCIAS


Na edição passada, noticiamos dois fatos relacionados à Secretaria de Saúde. O primeiro falou da possível compra privilegiada de remédios, notícia esta veiculada pelo jornal Vale Riopretano e referida no jornal Argumento. A segunda notícia levou ao conhecimento do leitor a recusa da Secretaria de Saúde diante de uma doação de remédios feita por um centro espírita. Dadas as duas notícias, o jornal ofereceu 30 linhas para o Secretário. Mostrando-lhe, com essas 30 linhas para responder, que o objetivo do jornal não é o de denegrir nenhuma autoridade pública.
Com as respostas do Secretário, na página 03, o leitor saberá do ocorrido e também terá a oportunidade de conhecer mais o que se passa na Secretaria Municipal de Saúde, um órgão público que diz respeito à população e aos contribuintes. Aproveitando a iniciativa do Secretário, Sr. Elói, sugerimos, na página 03, o esclarecimento de outros pontos.

NOSSA JUSTIÇA


O "bate-boca" entre o presidente do STF, Gilmar Mendes (dono de uma biografia repleta de denúncias de corrupção) e o ministro Joaquim Barbosa (dono de uma biografia invejável) traz a necessidade de esclarecer quem é quem no Judiciário brasileiro.
Um ex-torneiro mecânico pernambucano indicou um ex-faxineiro mineiro para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula escolheu o doutor da Universidade da Sorbonne e procurador do Ministério Público Federal, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
O jovem negro que cuidava da limpeza do Tribunal Regional Eleitoral de Brasília e que chega ao topo da carreira da Justiça após quatro décadas de vitórias contra desigualdades sociais e raciais.
A primeira foi em Paracatu, interior de Minas, onde nasceu numa família de sete irmãos, com a mãe dona-de-casa e o pai pedreiro e, mais tarde, dono de uma olaria. Lá, percebeu que só o estudo poderia mudar a sua história. Já aos 10 anos dividia o tempo entre o trabalho na microempresa da família e a escola. O saber era quase uma obsessão.
- Uma das piores lembranças da minha infância foi o ano em que fiquei longe da escola porque a diretora baixou uma norma cobrando mensalidade. No ano seguinte, a exigência caiu e voltei à sala de aula. Estudar era a minha vida e conhecer o mundo o meu sonho. Adorava aprender outras línguas – contou Joaquim Barbosa numa entrevista em agosto de 2002 para o projeto de um vídeo sobre a mobilidade social dos negros no Brasil.
O domínio de línguas estrangeiras foi a engrenagem para mobilidade social de Joaquim Barbosa. Aos 16 anos, deixou a família e a infância em Minas e foi atrás de emprego e educação em Brasília. Dividia o tempo entre os bancos escolares e a faxina no TRE do Distrito Federal. Um dia, o mineiro, na certeza da solidão, cantava uma canção em inglês enquanto limpava o banheiro do TRE. Naquele momento, um diretor do tribunal entrou e achou curioso uma pessoa da faxina ter fluência em outro idioma. A estranheza se transformou em admiração e, na prática, abriu caminho para outras funções. Primeiro como contínuo e, mais tarde, como compositor de máquina off set da gráfica do Correio Brasiliense. A conquista não sairia barato.
- Lembro de uma chefe que me humilhava na frente dos companheiros de trabalho e questionava minha capacidade. No início, foi difícil, mas acabei me estabilizando no emprego e mostrando o quanto era profissional.
A renda aumentou, mas ainda era pouca para ele e a família lá em Minas. Foi trabalhar também no Jornal de Brasília acumulando dois empregos e jornada de 12 horas. Mais tarde, trocou os dois por um. Foi para Gráfica do Senado trabalhar das 23h às 6h da manhã. Depois do trabalho, a Universidade de Brasília. O único aluno negro do curso de direito da UnB tinha que brigar contra o sono e a intolerância.
- Havia um professor que, ao me ver cochilando, me tirava da sala.
Joaquim Barbosa continuava sonhando acordado. Prestou prova para oficial da chancelaria do Itamaraty e passou. Trocou o bem remunerado emprego do Senado por um, que pagava bem menos. Mas o novo trabalho tinha uma vantagem incalculável: poder viajar para a Europa. Durante seis meses, conheceu países como Finlândia e Inglaterra. De volta ao Brasil, prestou concurso para carreira diplomática. Foi aprovado em todas as etapas e ficou na entrevista: a única na qual a cor de sua pele era identificada.
Após esse episódio, a consciência racial de Joaquim Barbosa, que começou a ser desenhada na adolescência, ganhou contornos mais fortes. Ganhou novas cores, quando, já como jurista do Serpro, conheceu o país, especialmente o Nordeste e, em particular, Salvador. Bahia foi uma paixão a primeira vista do mineiro. Foi lá onde Joaquim Barbosa teve um contato maior com o que ele chama de "Negritude".
A percepção de ser minoria entre as elites ficou ainda mais nítida fora do país. O jurista explica que o sentimento de isolamento e solidão é muito forte num "ambiente branco" da Europa. Ser uma exceção aqui e no além mar ficou ainda mais forte após o doutorado na Universidade de Sorbonne. Nessa época já acumulava títulos pouco comuns para maioria das pessoas com a mesma cor de pele: Procurador do Ministério Público e professor universitário. Antes, já tinha passado pela assessoria jurídica do Ministério da Saúde.
O exercício de vencer barreira, de alguma forma, está em sua tese de doutorado, publicada em francês. O doutor explica que o seu objeto de estudo foi o direito público em diferentes países, como os EUA e a França.
- A minha intenção foi ultrapassar limites geográficos, políticos e culturais. Quero um conhecimento que vá além da fronteiras dos países – disse.
"Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite", reagiu Barbosa.
Gilmar Mendes foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, em artigo publicado na Folha de São Paulo, o professor da Faculdade de Direito da USP, Dalmo Dallari, professor catedrático da UNESCO na cadeira Educação para a paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, declarou:
"Se essa indicação (de Gilmar Mendes) vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. (...) o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país."
O empresário Gilmar Mendes carrega em sua biografia a denúncia de que foi favorecido com "incentivo" do poder executivo para fundar, em 1998, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma escola privada que oferece cursos de graduação e pós-graduação em Brasília. Desde 2003, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhão em convênios com a União. De seus nove colegas no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário (não é à toa que ele contou com tanta "solidariedade" no episódio que envolveu a discussão com o ministro Joaquim Barbosa). O Instituto se localiza em terreno adquirido com 80% de desconto no seu valor graças a um programa do Distrito Federal de incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo. O subsecretário do programa, Endels Rego, não sabe explicar como o IDP foi enquadrado no programa. O belíssimo prédio do Instituto foi erguido graças a um empréstimo conseguido junto ao Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), gerido pelo Banco do Brasil, cuja prioridade de investimento é o meio rural. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.

Dr. Eduardo Diatahy B. de Menezes. Professor Emérito da Universidade Federal do Ceará
Professor Titular do Doutorado e Mestrado em Sociologia - UFC

CARTA HOMENAGEM / JOSÉ MACHADO


Ao Dr. Guilherme Furtado Portugal, gostaria de prestar homenagens falando um pouco de sua importante atuação como engenheiro agrônomo e político na história de Rio Preto. Ao trazer para a região um posto agropecuário, não imaginávamos que tal feito traria tantos benefícios para muitas famílias na nossa cidade. Assim aconteceu com meu pai Francisco Machado de Oliveira e outros que foram admitidos como Mensalistas da Verba de Manutenção dos Postos Agropecuários.
Meu pai foi admitido em 10 de novembro de 1953, com salário mensal de Cr$ 625,00 (seiscentos e vinte e cinco cruzeiros). A partir de 1º de janeiro 1956, ele teve um reajustamento de salário, conforme o Decreto 39.017, datado de 11 de abril do mesmo ano, passando a perceber Cr$ 2.850,00 (dois mil, oitocentos e cinqüenta cruzeiros mensais).
Para falar da importância do Dr. Guilherme, foi necessário que eu relatasse o trecho acima, que fala também de meu pai, pois, naquele tempo, a nossa região não ia muito bem, porém com a chegada do Posto Agropecuário vários problemas começaram a ter soluções. Entre eles, posso citar, o fim do bichos – de – pé, pulgas, piolhos etc. Lembro que o Dr. Guilherme começou a divulgar algumas cartilhas explicativas sobre a forma de higiene e combate as pragas. Além disso, várias culturas passaram a ser cultivadas com novas técnicas de plantio, servindo de exemplo para palestras com produtores rurais.
Naquele início de administração do Posto Agropecuário, Dr. Guilherme já enxergava o ano 2000 e talvez até mais. Por isso, era difícil sua participação na política do município, pois a classe política da época era reacionária e conservadora. Mesmo assim, hoje eu posso afirmar com toda convicção que todos aqueles funcionários, inclusive meu pai, puderam ser cidadãos graças a Deus e também ao homem de visão que homenageio nesta carta. Obrigado Dr. Guilherme Furtado Portugal.

RESPOSTA DO SECRETÁRIO DE SAÚDE/Joaquim Elói A. D. Bastos - Secretário Municipal de Saúde


Na edição de MARÇO/ABRIL, na página 05 (cinco), em Notícias de Rio Preto (Vale Riopretano está de volta – Seja bem – vindo!), saiu a notícia de que a Secretaria Municipal de Saúde recusou doação de remédios feitos por um centro espírita do Rio de Janeiro e que a compra de medicamentos controlados é privilegiada.
Agradecemos o espaço que nos foi concedido, passamos aos esclarecimentos.
Em janeiro/09 fomos procurados por um membro do Centro Espírita Jesus no Lar que nos ofereceu remédios, já que era costume repassar esses medicamentos ao PSF anteriormente.
Consultamos profissionais da saúde que ponderaram a recusa momentânea em virtude de não estarmos adequadamente equipados para recebê-los.
Colocamos à representante que normalizada a situação voltaríamos a receber tais medicamentos, o que já está acontecendo.
Quanto à compra de medicamentos controlados, informamos que são feitos orçamentos nos dois estabelecimentos existentes na cidade e os mesmos são comprados naquele de menor preço. Não sabemos se isso se chama "privilegiar". O que não adotamos é exclusividade.
Esclarecemos também que a compra desses medicamentos é feita após verificação de que não há em nossa Farmácia Básica, para qual compramos mais de R$100.000,00 para cumprir nossa demanda. Essa compra foi feita diretamente de distribuidores.
Seria interessante que essas notícias fossem publicadas após esclarecimento dos órgãos afetados e não para denegrir a quem os dirige.

NOTA DA REDAÇÃO
Esclarecemos que não há interesse em denegrir a imagem do Secretário, Sr. Elói. Pois, se a intenção fosse essa, não teríamos noticiado os fatos em 5 linhas e oferecido 30 linhas para o Secretário explicá-los, como explicou agora.
Por fim, e aproveitando a iniciativa de debater a coisa pública, uma obrigação que os demais secretários e prefeito deveriam seguir, afinal trata-se de interesse e dinheiro públicos, sugerimos que o Sr. Secretário continue informando mais sobre a saúde pública de Rio Preto. Seria bom, também, mais esclarecimentos sobre: o nome do estabelecimento municipal que fornece medicamentos para a Prefeitura; o número de funcionários que a Secretaria conta; quantos são concursados; se é desejo do Secretário a realização de concurso; os valores que já foram repassados à Santa Casa; o (s) dia (s) e horário (s) que o Secretário atende ao público; o que ainda não está funcionando bem no Posto de Saúde; agendamento de consultas e exames (fichas); as melhoras esperadas; e tudo mais que o Secretário entenda ser de interesse dos usuários da saúde municipal e contribuintes.
Desde já, agradecemos.

FRESTAS ECOLÓGICAS

Adriano de O. Duque.
As frestas da casa são ecológicas. Mas, não exercem só o papel de levar e trazer pequenas criaturas. Funcionam, outrossim, como morada e berçário de lagartixas, aranhas, marimbondos, entre outros. Já vi até um rato passeando por entre os seus caibros. Para combatê-lo, estou empregando, com eficiência, um controle natural milenar, ou seja, um gato. Ou melhor, uma gatinha ágil, brincalhona e carinhosa. Outro dia, num entardecer, acompanhei uma de suas caçadas. Postou – se, por alguns minutos, perto da matinha que rodeia a parte lateral da casa. Estava em posição de alerta, agachada e com o rabo agitado. Apanhei o óculos e fiquei a observá-la. Vi quando ela partiu e pulou sobre algo. Era um rato que descia da mata. Seu pulo foi certeiro. Após, ela foi chegando pra perto. Estava satisfeita e, antes de devorar sua presa, brincou bastante, rolando na terra batida do quintal.
Criei um diminutivo para os chamados "Corredores Ecológicos" e uma resposta mais que politicamente correta para não fechá-los com serragem e cola. E, por estas "frestas ecológicas", passou também, devo contar, uma lesma. Despontou devagarzinho, como um sol, brilhando o chão. E, assim, desceu a parede, atravessou a cozinha e foi em direção à sala. Para onde, não sei. Também não sei o final desta crônica dividida entre uma casa, gata e frestas sustentáveis. O melhor seria jogá-lo no lombo da lesma e terminar numa reticências, feito o seu rastro. Mas, ela sumiu, já deve ir lá pelo Japão com o seu brilho. Resta-me ficar esperando o final. Fazer dele o rato que desce, pegá-lo numa canetada só. E sinto que ele está chegando. A cozinha está quieta. A gatinha dorme no fogão à lenha, aproveita o calorzinho das últimas brasas. Mas, ele não vem. O melhor, então, é ir dormir para, quem sabe, sonhá-lo.

FILHO É BOM MAIS DURA MUITO/ MÁRIO PRATA/200 CRÔNICAS ESCOLHIDAS

— Aproveita agora, porque, depois que o seu filho nascer você nunca mais vai ter sossego na vida. Você nunca mais vai dormir.
— Aproveita agora, que ele ainda não tem cólicas noturnas e ainda mama nas horas certas, porque depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno noturno.
— Aproveita agora, que os dentinhos dele não começaram a nascer e, quando isso acontecer não vai ter Nenedent que acalme nem ele nem você.
— Aproveita agora, enquanto ele não engatinha, porque, quando começar a arrasar a casa e a derrubar cadeiras e bibelôs e lustres e a comer jornal, só vai dar dor de cabeça.
— Aproveita agora, antes que ele comece a andar. Aí acaba o sossego. É o perigo de ele bater a cabeça nas quinas das mesas, cair e meter a boca no chão, puxar panela no fogão. É um transtorno, filho andando. Ele correndo pela casa e você atrás.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não está na fase do "Por quê?", porque depois você não vai conseguir ler nem jornal nem livro e nem ver televisão. E vai ter que explicar sempre o inexplicável.
— Aproveita agora, que ele ainda não sabe ler e pedir o que quiser no restaurante. A única vantagem é você não precisar ficar traduzindo os filmes para ele.
— Aproveita agora, enquanto você programa as férias dele e ele ainda não ouviu falar no Disneyworld, porque você vai ter que pegar filas de duas horas e enfrentar montanhas-russas no escuro.
— Aproveita agora, que ele ainda não é tarado por música, porque, quando ele resolver ouvir "música" na sua casa — com ou sem os amigos —, até os vizinhos mais simpáticos irão reclamar. E não pense que ele vai tocar aquelas músicas do seu tempo, não.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na adolescência. Pois, quando entrar, você nunca mais vai ter sossego, nunca mais vai dormir Não se esqueça da íntima relação entre a palavra adolescência e adoecer. Não ele, mas, sim, você.
— Aproveita agora, que ele ainda não está nem fumando maconha e nem acabando com o seu uísque e aquela cervejinha que você tinha certeza que estava na geladeira te esperando do trabalho.
— Aproveita agora, que ele ainda não está andando em más companhias, porque você vai ter que aturar figuras saídas sabe-se lá de onde, com cabelos, brincos e tatuagens que você jamais poderia imaginar um dia conviver.
— Aproveita agora, que ele ainda não tomou nenhuma bomba e você ainda acha que ele é tudo que você sonhou, porque, quando ele repetir de ano, você fará — para você mesmo — a eterna pergunta: "Meu Deus, onde foi que eu errei?".
— Aproveita agora, que ele ainda não decidiu que faculdade cursar porque a escolha dele não vai nunca coincidir com os planos que você fazia para ele, quando ele ainda engatinhava.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na faculdade, porque, quando entrar, vai pedir um carro para ele ou usar o seu.
— Aproveita agora, que ele ainda avisa quando vai dormir fora de casa, e você pode dormir sossegado e não pensar em ligações desagradáveis para a polícia, o hospital e, o pior de tudo, para o IML.
— Aproveita agora, que ele ainda não se casou, porque, depois, ele nunca mais vai te visitar a não ser para pedir dinheiro emprestado.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não tem filhos, porque, quando tiver, é você quem vai tomar conta deles nos fins de semana. Seu sossego chegará ao fim, logo agora que você se aposentou.
— Aproveita agora, que ele ainda não se separou da primeira esposa, pois, quando isso acontecer, ele virá morar novamente na sua casa.
— Aproveita agora, que ele ainda te ajuda com um dinheirinho, porque a sua aposentadoria não dá para nada, pois a segunda mulher dele vai ser contra a ajuda.
— Aproveita agora, porque ele está pensando em te colocar num asilo de velhinhos.

4/27/2009

Brasil vai ter bibliotecas públicas em todos os municípios até julho

O Ministério da Cultura estabeleceu julho como prazo para cumprir a meta de ter pelo menos uma biblioteca em cada um dos 5.562 municípios brasileiros. Atualmente, 331 cidade do país ainda não têm qualquer tipo de biblioteca, seja municipal ou em escolas públicas. Para o coordenador de Articulação Federativa do Programa Mais Cultura, Fabiano dos Santos, o marco é importante, mas também é preciso olhar para as condições desses espaços. (Agência Brasil).

4/21/2009

Crônica: Ciúme (Dolor T. Freitas).

O Jornalzinho falou de uma história minha, pedindo para que eu a contasse. Uma história que eu conversei, mas não escrevi. Agora ela está pronta. Fala do ciúme. Primeiro, quero deixar claro que minha falecida esposa não era brava, tinha ciúme. O negócio esquentava quando eu ia no mato cortar lenha. É que eu tinha uma mania, acho que todo mundo tem manias. Eu tinha a minha. Antes de ir para o mato, lá do meu sítio, buscar um bom feixe de lenha, eu pedia que um portador fosse buscar primeiro um maço de cigarro. Era bom andar lá em cima pitando um cigarrinho. Comecei a fumar com doze anos, já contei isso. Pois bem, enquanto o cigarro não chegava, eu ia fazer a minha barba para o tempo passar. Aí a esposa chiava. Não entendia como que para ir cortar lenha era preciso sair barbeado, com loção e um maço de cigarro no bolso. Aí tem, falava brava com ciúme. Nesse mato, Dolor, deve ter alguma catita te esperando, ela me cutucava. Eu ficava quieto, não gostava de brigar. Entendia, porque eu era mais novo que ela dezesseis anos. Quero até contar que eu fui no casamento dela quando ela casou-se pela primeira vez. Era criança e, ainda por cima, éramos primos. O primeiro casamento durou dez anos. Logo que ela ficou viúva, quase dois anos, nosso casamento aconteceu. Eu era mais novo e depois quando ela ficou mais velha aí quem ficou nova foi ela, eu cuidava dela. Mas a cisma dela com o mato tem suas razões. Além da minha mania de fazer barba e comprar cigarro, antigamente, lá dentro do mato, sempre andava muita gente.É porque toda casa tinha o seu fogão à lenha. Não havia o fogãozinho à gás como hoje todo mundo tem. E a gente encontrava família inteira buscando lenha e até umas catitas mesmo. Muitas pessoas vinham lá da fazenda que se chama Grama. Nunca importei que cortasse lenha no meu sítio, sabia da precisão de todos. Mas tinha um vizinho que não gostava e acho que de pirraça o mato dele era o mais cortado. Uma coisa boa que ficou daqueles tempo é a água. A nascente é lá em cima, fica no meu sítio. Antigamente abastecia muitas casas no Divino. Era essa a história do ciúme. E para terminar esta história, eu acho que o ciúme estraga o casamento. Esse negócio que ele é tempero do amor é pura bobagem.

Autor: Dolor T. de Freitas

Brasil vai a Brasília

O presidente Lula se reúne com 3. 500 prefeitos. No dia 10 de fevereiro passado, Brasília, palco de grandes eventos, principalmente manifestações, recebeu prefeitos de todo o Brasil e de todos os partidos. Até prefeitos de partidos que fazem oposição sistemática ao governo Lula e ao PT (leia-se PSDB e DEM) foram prestigiar e ouvir o presidente. O encontro serviu para falar sobre a crise, aliás, para mudar o tom sobre a crise. A “marolinha” foi deixada de lado e prefeitos foram alertados e orientados pelo presidente para a necessidade de geração de empregos. No mesmo encontro, Lula informou que vai manda

Vale Riopretano está de volta – Seja bem vindo!

O jornal Vale Riopretano está de volta. E, para demonstrar que veio para defender a informação sem manipulação, já foi logo alertando que há sinal de coisa errada na saúde: compra privilegiada de medicamentos controlados.
Emendando a notícia do Vale Riopretano, necessário informar que a Secretaria de Saúde recusou uma doação de remédios feita por um centro espírita do Rio de Janeiro. Se houve esta recusa, os seus motivos precisam ser esclarecidos. Caso o Secretário queira se pronunciar sobre esses dois assuntos, oferecemos um espaço para resposta de trinta linhas, letra times new roman, tamanho 11, que será publicado na próxima edição. Informamos, por fim, que tanto a Câmara como o Ministério Público têm obrigação legal de apurar o informado pelos jornais.

A Voz dos Bairros

O J. Argumento oferece um espaço para a defesa dos bairros de Rio Preto. Se o seu bairro vai mal, escreva, mande fotos, aponte soluções. Outro caminho são as associações de moradores, desde que, claro, não sejam cooptadas por políticos oportunistas.

O Peso do Esporte Riopretano

“Powerlifting” é uma modalidade de esporte onde o atleta levanta peso. Apesar de quase nenhum patrocínio, mas muito amor ao esporte que praticam, Rio Preto tem dois atletas com excelentes resultados. Mauro Alexandre da Silva e Paulo Duque Alceu já disputaram até uma competição mundial. No currículo dos atletas já tem um primeiro lugar para Mauro, na modalidade “supino” (modalidade para atletas com até 67,5 Kg), onde o atleta conseguiu levantar nada menos que 135 Kg. Paulo, por sua vez, tirou também um primeiro lugar na modalidade “terra” (modalidade para atletas com peso máximo de 75 Kg), levantando 215 quilos.
Difícil mesmo para esses atletas está sendo levantar patrocínio na iniciativa privada e reconhecimento diante do poder público. Com a nova administração e a esperança de melhoras em todas áreas, fica a possibilidade de a Secretaria de Esportes investir nos primeiros lugares de “powerlifting”.

Professores ficam sem salário

Professores da rede municipal de ensino paralisaram suas funções por 72 horas. O motivo, mais que justo, foi o não pagamento do salário de dezembro, além de um terço das férias que também não foi pago. No dia 26 de fevereiro, os professores tiveram uma reunião com Prefeito e Secretário de Educação. Do Prefeito, os professores ouviram que não tinha dinheiro; do Secretário, que não estavam representados pelo Sindicato (será que o Secretário não sabe que o Sindicato tem forte ligação com a atual administração ? E, mesmo que não a tivesse, o direito à informação é dado a todos independentemente de sindicalização, pois trata-se de direito constitucional). Passada essa reunião infrutífera, as professoras se dirigiram à Câmara, no dia 02 de março. Novamente, elas foram desrespeitadas com evasivas dos representantes do poder. Por ironia, quem tomou as dores das professoras foi o vereador Antônio Márcio (DEM). O vereador sugeriu até que se processe a administração passada, mas que se pague primeiramente os professores. Ná página 03, o Jornal trouxe um texto das professoras explicando todo o acontecimento.

A Escola Estadual Dermeval Moura de Almeida traz boas notícias para os alunos

A Escola Estadual Dermeval Moura de Almeida traz algumas notícias boas para os alunos, ex-alunos e todos os leitores interessados. As notícias estão sendo elaboradas pelo professor João Marcos. Na página 04, o leitor conhecerá o E.J.A, saberá das aprovações nos vestibulares e sobre o museu da educação. Estas notícias, e muitas outras novidades, como as redações dos ex-alunos e fotos históricas, estarão também no site de Rio Preto (www.riopreto-mg.com). Vale a pena conferir esta iniciativa da diretora Néia e todos os professores da escola.

Carnaval, visitas ao site disparam

O número de visitas ao site de Rio Preto (www.riopreto-mg.com) bateu recorde no carnaval deste ano. O relógio do site (marcador) disparou e registrou quase mil visitas durante as três semanas que antecederam à folia. Os visitantes também enviaram e mails, a maioria deles perguntava sobre como chegar, onde ficar (se havia área de camping) etc. Sobre a programação, deixamos os visitantes sem respostas, visto que a prefeitura, através da comissão organizadora, não enviou informações ao site.
Lembramos que o site não cobra nada para divulgar as nossas festividades. Sendo assim, vamos aproveitar para divulgar nossos eventos e incentivar o turismo, o artesanato e, de modo geral, o nosso comércio.

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