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3/27/2011

EDITORIAL

Esta foi uma edição difícil. As notícias não apareciam. Ou estavam lá, mas faltava inspiração para achá-las. É melhor faltar notícia do que inspiração. Com inspiração a gente tira água de pedra, ou, em matéria de fazer jornal, a gente tira notícia do tédio. Então, é melhor dizer que inspiração é o que mais andou faltando nesta edição. Mesmo assim, conseguimos sair às ruas. Foi como se levantar em um dia de gripe forte, tomar banho e sair para o trabalho. O jornal, hoje, é puro desânimo, ou melhor, pura obrigação. Hoje, estamos mais para aqueles políticos que, depois de eleitos, somem do mapa e se omitem de quase tudo e todos. Aqueles nossos governantes que andam com cara de importantes, mas só espalham o tédio. Ainda bem que este jornal não tem cara de importante e, muito menos, gosta de espalhar o tédio. Então o melhor é levantar, olhar pra rua, buscar os fatos e inspiração.

E se não somos políticos, é bom que se diga que gostamos da política. Isto é, de se saber e publicar os atos dos nossos representantes e, principalmente, questioná-los. Um bom caminho é oferecer espaço para que os nossos representantes na Câmara e no Executivo prestem contas. Para os vereadores, criamos as entrevistas. Até agora todos vêm participando. Demonstram que têm não só interesse em prestar contas, mas também falar de seus projetos e pensar a nossa cidade. Já os representantes do Executivo, prefeito e vice, demonstram, ao contrário dos vereadores, uma total desconsideração com os eleitores e moradores de Rio Preto. Assim, não honram com os seus mandatos e viram as costas para os problemas da maioria da população. Fogem dos questionamentos e das promessas de campanha. Resta nos saber até quando eles permanecerão com esta posição de omissão e de silêncio, bem como até quando os que lhes apóiam suportarão tal comportamento. Aliás, já há sinais de fuga no ninho do silêncio.

Para tirá-los desta omissão e fazer com que a cidade tenha um pouco de esperança, oferecemos, pela milésima vez, uma página para cada um, prefeito e vice-prefeito. Serão duas entrevistas voltadas para os interesses do município e dos contribuintes. Queremos ouvir deles respostas sobre a educação, o salário dos professores e de todos os servidores do município, o porquê de tanta demissão e contratação subsequente, os repasses à Santa Casa, a situação do produtor rural, o motivo de tanta fila para consultas, como está sendo empregado o maquinário da prefeitura, a situação das estradas rurais, a preservação do nosso meio ambiente, os valores do município que estão retidos na extinta Credirio e o que a Prefeitura vem fazendo para reavê-los, enfim, tudo que envolva dinheiro e administração pública. Nesta entrevista, eles poderão falar também sobre o que já fizeram para o nosso município e o que ainda está por vir. Convidamos Edmar e Aleixo para esta prestação de contas, de cidadania e, sobretudo, de respeito à cidade que eles tanto queriam e a maioria dos eleitores lhes confiou.

Sabemos que prestação de contas legal é feita perante a Câmara e o Tribunal de Contas. Sabemos também que não basta para um município ter um administrador que só fala quando obrigado pela lei (a lei obriga a prestação na Câmara e no Tribunal de Contas), precisamos de um prefeito e vice que saibam ouvir as críticas, as sugestões, bem como dialogar. Sem diálogo fica difícil administrar interesses públicos; sem obras, inaceitável. Vivemos uma Administração do silêncio e com algumas obras rastejantes, a exemplo do calçamento do Cavaco. Vivemos, há mais de dois anos, mergulhados num tédio administrativo.

Falar que a cidade está parada não é exagero algum. Tanto é verdade que muitos dos que estão defendendo esta Administração e com ela envolvidos já tentam escapar com imagem de lideranças jovens. Sobre estas lideranças “jovens” que usam máquinas da prefeitura em benefício próprio, carro oficial para viagens particulares, boatos os mais rasteiros contra aqueles que lhes questionam, entre outros vícios que souberam muito bem aprender com nossas lideranças antigas, falaremos em outras ocasiões, a não ser que eles mudem suas condutas, claro. Querer sair desta Administração, como demonstram, já é um bom começo. Tomara que tenham independência política e financeira para fazê-lo. Tomará que não seja uma encenação ou uma maneira de falar para suas lideranças antigas que estão vivos, que querem continuar também no poder pelo poder, que querem continuar com discurso social e uma prática que só aumenta a miséria, a ignorância, o desemprego, enfim, o abandono, principalmente, humano que se encontra a nossa cidade.

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