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8/22/2011

NOSSA CRÔNICA

Nota de pesar. Dolôr T. de Freitas. Morador do bairro Divino e cronista do Argumento. Adeus, Dolôr!


CAMISINHA, por Dolôr T. de Freitas.
Os tempos mudaram! Vejam só. Eu estava com uns dezessete anos e fui apresentado, sem saber sequer o nome, a ela. Trabalhava num restaurante, lá em Vassouras. Coisa grande. Ficava no bar como copeiro. Às vezes, servia as mesas, conhecia os tais dos barões e fazendeiros. Nessas ocasiões, ganhava gorjeta. Melhor ainda era quando eu ia servir no cassino, ele era lá no fundo do bar. Lá a gorjeta era melhor ainda. Umas madames pagavam bem e jogavam muito. Vinha gente até do Rio de Janeiro para tentar a sorte, beber e rir. Bem, agora que já falei onde eu estava, agora é falar do que mudou. Pois, até agora não mudou nada, os restaurantes estão em cada esquina, os garçons também e os jogos mais ainda. O que mudou foi, pois bem, com a juventude. Eu tinha dezessete anos naquela época e, hoje, um garoto de doze anos já sabe do que eu estou falando, e sabe muito bem se bobear. Esta revelação aconteceu quando o filho do dono do restaurante me chamou lá fora. Pediu para que eu fosse a farmácia comprar camisinha. E disse que era pra não espalhar. Saí sem entender o motivo do segredo e porque comprar camisinha lá na farmácia. Chegando lá, pedi. O vendedor veio e trouxe um pacotinho. Perguntei se ele tinha entendido bem o recado. Ele riu, disse que sim e me deu aquela aula. Achei que era brincadeira, mas fui acreditando no final. Aprendi que havia outra camisinha sem ser para bebês, existia uma outra que era para não tê-los.

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