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10/01/2012

Editorial


Feliz Aniversário, Rio Preto! 

ELEIÇÕES – I. 
 
As eleições estão aí a bater em nossas portas. Como na maioria das cidades do Brasil, a campanha é feita de santinhos, faixas, som e, sobretudo, promessas. Alguns candidatos nem se dão ao trabalho de elaborar um projeto de governo. Esta é a campanha que vemos. Tirando a falta de projetos, não há nada de ruim nesta festa pré-eleitoral dada pela democracia.
Por outro lado, temos o “caixa dois de campanha”, um jeito criminoso que os políticos adotam para receber dinheiro sem declarar à justiça, bem como as transferências de títulos. Felizmente, parece que o caixa dois está com os dias contados, pois há projeto de lei para bani-lo do cenário político, como vem fazendo a “Lei do Ficha Limpa” com os políticos corruptos.
Lembrando que o Ministério Público é muito importante para que uma cidade veja acontecer uma eleição limpa. Pois, é o promotor a autoridade competente para acionar a justiça contra políticos que se beneficiam dos cofres públicos, ou seja, aqueles que misturam contas e veículos públicos com suas contas e veículos particulares. Estes são os políticos que agem com improbidade administrativa e agindo assim eles vão deixando a saúde, a educação, a cultura, o meio ambiente para um segundo ou outro plano qualquer mais distante de sua obrigação e das promessas que fizeram quando precisaram da confiança e dos votos dos eleitores. E o resultado desta inversão e mistura de contas e bens não exige nenhum conhecimento científico para enxergá-lo, é só olharmos para os lados que vamos nos deparar com o índice de desenvolvimento humano da nossa cidade, que pode estar bem abaixo do mínimo admitido para a nossa região. Índice de desenvolvimento humano mede-se na saúde, educação, segurança, moradia, saneamento básico, entre outros fatores decisivos para uma cidade estruturada e com uma população sadia e culta. 

 ELEIÇÕES – II. 

Candidaturas registradas, campanhas na rua, é hora de analisarmos o que mais marcou o cenário eleitoral de Rio Preto.
Primeiramente, vamos destacar o papel da oposição e plagiando o Lula em sua frase marcante, podemos dizer que nunca na história de nossa cidade tivemos uma oposição durante um mandato inteiro, ou seja, uma oposição que se fizesse presente durante quatro anos após uma eleição. O jornal “O Grito” quebrou uma regra histórica, que era a regra da omissão. Com o Grito, a cidade experimentou falar de política durante quatro anos, sem dúvida foi este um fato histórico. Nas folhas desse jornal, vimos fotos dos bairros abandonados, acompanhamos os repasses e a arrecadação do nosso município (muitos descobriram como entra dinheiro nos cofres de uma prefeitura!), o uso indevido dos veículos oficiais e máquinas públicas, a indignação dos professores com seus salários atrasados e tudo mais que um grupo político de oposição deve fazer principalmente antes do vale tudo de uma eleição. Certamente, com o Grito a cidade amadureceu politicamente.  

ELEIÇÕES – III. 

Em última análise, a cidade ficou espantada com alianças até então inacreditáveis. A primeira delas ocorreu há quatro anos entre o PT e o PSDB. Pois todos sabemos que o PSDB votou contra todos projetos sociais do governo Lula e não está fazendo diferente com a Dilma. Diante disso, ficamos com perguntas até hoje não respondidas: o que levou o PT de nossa cidade a fazer uma aliança com o PSDB de Rio Preto? O que levou a romper esta aliança, que parecia tão forte, nas vésperas das eleições? Se o PSDB até votou contra o Bolsa Família, qual o porquê desta aliança?
Após esta união de quase quatro anos entre o PSDB e PT, fomos surpreendidos por uma outra aliança e diga-se até coerente no cenário nacional, mas inacreditável para muitos no cenário municipal. Estamos falando da união entre PSDB e DEM.  Inacreditável, pois fomos informados pelo PSDB, logo no início do governo Edmar, que a prefeitura foi encontrada em péssimas condições, com os professores insatisfeitos, máquinas sucateadas e tudo mais de ruim que fez o atual prefeito e vice-prefeito pedirem em seus jornais paciência aos riopretanos, pois a coisa estava feia. Quem não se lembra disso?

Pois bem, agora como explicar essa união? E para fazer esta união, o atual prefeito rasgou um compromisso de apoiar um candidato do PT ou o Celso Ferreira. Descartou os dois de uma vez só e fez uma aliança com o DEM.

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