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10/01/2012

Nossa Política


Eleições

 Colaboração da professora Virginia de Almeida Ferreira
 
              Estamos nos aproximando de um momento muito importante na vida de nossa comunidade, quando iremos fazer a escolha dos vereadores e do prefeito municipal. Uma das grandes expressões dos direitos humanos nos é mostrada através da democracia. A tríade francesa liberdade, igualdade e fraternidade, muito valorizada na história dos direitos humanos, tem como um de seus elementos a possibilidade de participação de todos na organização do Estado. Vivenciamos e acompanhamos momentos de eleições em que eleitores são alimentados com propagandas de auxilio de renda, pagamentos de contas, fornecimento de serviços odontológicos e médicos gratuitos, pagamento de viagens, enfim subsídios para as mais diversas coisas.  Em meio a tantas ofertas vantajosas, a liberdade de posição, da escolha de candidatos vai se perdendo, apesar de estarmos em pleno século XXI, em que facilmente se tem dados sobre os candidatos e suas posições. Ninguém deve se iludir que existe algum serviço gratuito oferecido pelos candidatos, alguém vai pagar a conta.  Alguns candidatos fazem propostas, acordos, promessas e compram até os sonhos daqueles que tem esperança de ver nossa cidade crescer. O voto é uma das expressões mais visíveis de igualdade humana, em que não se faz distinção de cor, sexo ou capacidade intelecutal do eleitor. Sabemos que muito ainda temos que fazer para termos uma eleição mais justa e governos mais honestos, em que o cidadão esteja mais consciente de seu voto e sejam, sobretudo respeitados. Transcrevo aqui uma historia que possibilita uma reflexão sobre o que temos como direitos, mas, que pode conduzir a uma prisão muito distante do conceito descrito como liberdade, igualdade e fraternidade.
 
         “Como capturar porcos selvagens? (de autor desconhecido:)” Você pode capturar porcos selvagens, encontrando um lugar adequado na floresta e colocando milho no chão. Os porcos vêm todo dia comer o milho gratuito. Quando ele se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca. Mas, só de um lado do lugar onde eles costumam vir. Quando eles se acostumam com a cerca, voltam para comer o milho e você coloca o outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam para comer. Você continua assim, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no ultimo lado. Os porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às vezes cercas, continuam a vir. Fecha-se a porteira e captura-se o grupo todo.  E assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro das cercas, mas logo voltam a comer o milho fácil gratuito. E ficam acostumados a ele que esquecem como caçar na floresta por si próprios. “E, por isso, aceitam a servidão.”
Devemos aqui partilhar o valor consciente das eleições, unidos a defesa dos direitos humanos. A sociedade dada como livre e democrática tem nos direitos humanos e na dignidade humana o seu referencial. O voto possibilita, na forma mais adequada possível, a igualdade entre todos. Este é o momento no qual se deve refletir e trabalhar, sob a visão de dois prismas, em nível pessoal e em nível social: numa continua vigilância do “milho dado gratuitamente”, vinculado à perda de liberdade, a um contínuo incentivo e a uma valorização dos demais direitos dados num Estado, tais como educação, saúde, liberdade de imprensa, moradia, empregos etc. Os direitos humanos também precisam de cidadãos livres e conscientes, de governantes que saibam da sua responsabilidade e de seu compromisso com todos os cidadãos independente de sua condição social “Lembre-se que o voto traz conseqüências e o prejudicado pode ser você!”

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